30.5.14

FATOS DA VIDA REAL

  Salmo 1,6
 “Sim, Deus conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perece.”
        
Aqueles que não gostam de um colega quer seja homem ou mulher, por qualquer motivo, omitem informações a ele, o isolam de seu  relacionamento e quando há um vislumbre para o prejudicar, não medem atitudes e  palavras para disseminar o  mal e fazer intrigas a  respeito do outro.

Hoje, a  tal procedimento dá-se o nome de Assédio Moral.

Somos o que somos pela graça de Deus  nos diz assim nosso querido São Paulo na sua Primeira Carta aos Coríntios 15, 10. Se  fomos feitos pelo Criador, não podemos questionar o Oleiro que nos criou. Fomos feitos à Sua imagem e semelhança, somos filhos amados do Senhor, somos irmãos uns dos outros, porque um é o nosso Pai, Deus criador do Céu e da Terra.

Seria ideal, se o bem assim prevalecesse, pois não? Mas, o Anjo do Mal que divide tudo, não quer saber disso. Ele quis ser mais que Deus e infiltrou a mentira, a fofoca, a inveja... na Criação que era pura, e logo através de quem ? De Eva, a mulher de Adão, que o envolveu, e desde então o bem e o mal passou a vigorar...

Não vou discutir religião, coloco aqui fatos da minha  fé, que convivo desde que me entendi por gente, mas sem medos, graças a Deus. Sem medos porque o meu Deus, é um Deus de Amor que permite a cada um de nós, escolher nosso próprio caminho a seguir. É um Deus misericordioso que está sempre de braços abertos para nos acolher.

Você pode perguntar, mas se somos o que somos pela graça de Deus, por que então mentimos, fazemos fofoca, prejudicamos as pessoas ? E eu lhe respondo, não somos Marionetes, bonecos ligados por uma linha que só faz o que seu criador determina. Temos  a liberdade de gerir a nossa própria vida, mas, com responsabilidade,” porque tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém”.

No mundo contemporâneo, existem ainda povos,  pessoas, governados por Ditadores que limitam a liberdade de ir e vir, gerir e falar. Isto não é de Deus!

Voltando ao nosso tema, aquele colega que quer ver a ruína do outro, por inveja, incapacidade e/ou incompetência, a capacidade dele, nota-se, é somente para perturbar e tumultuar   a ordem do ambiente.

Conheço uma história real assim. Os nomes são fictícios.  Raul era um profissional cheio de boas ideias, trabalhava numa Holding e sugeriu à Diretoria uma pesquisa na - área de empréstimos rurais -  que nunca havia sido feita, para elaborar um estudo macro- econômico da sazonalidade de produção de alimentos, correlacionada com as variações climáticas versus empréstimos concedidos aos empresários.

Raul teve a sua sugestão aprovada pela Diretoria e tornou-se o líder dos demais profissionais. A Diretoria o colocou como   Coordenador da Pesquisa. Raul tinha sido recém  contratado ; existiam lá profissionais mais antigos mas, de uma hora para outra Raul virou o “ bam-bam-bam” da Holding.

Seu Departamento ficou movimentado, era Raul pra cá, Raul pra  lá.

 O Anjo do Mal entrou no Victor que passou a olhar a movimentação do Raul com inveja e pensava consigo mesmo: poderia ser eu, o líder deste trabalho.

A equipe de Raul tinha 5 profissionais e a cada um, foram atribuídas responsabilidades. Cada profissional, deveria apresentar o desenvolvimento de seus trabalhos em um relatório. Quatro destes profissionais o fizeram, mas Victor, ficou empurrando com a barriga, protelando a conclusão de seu relatório


Numa prévia das conclusões de todos os responsáveis pelos relatórios, destacou-se pela capacidade de trabalho, a Laura, seguindo-se os demais. Somente o Victor que já vinha demonstrando má vontade, não apresentou o seu. Raul então, pediu que o concluísse o mais breve possível, porque a Diretoria assim estava exigindo.


Foi quando  Victor, não se aguentando de tanta inveja, dirigiu-se à sala do Diretor  Gilson e disse-lhe que o seu relatório não estava pronto porque o próprio Raul ficara protelando a conclusão dos dados pesquisados, pertinentes ao trabalho do Victor. Maldosamente acrescentou que o Raul não gostava da forma de como ele – Gilson -, dirigia  o  Departamento. Gilson ficou muito aborrecido e surpreendido.

Gilson, o Diretor, ficou tão chateado que começou a tratar mal Raul e sua equipe.
Raul, percebendo tal mudança de atitude de Gilson, em um momento oportuno e diante de toda a equipe,  perguntou-lhe se estava acontecendo alguma coisa em relação a ele . Gilson, então contou  o que Victor lhe tinha dito ...

Raul, muito calmo, calou-se pensativo, pois quem não deve não teme... Foi quando então Laura,  destemida e corajosa, porque a verdade estava com ela, disse ao Gilson: toda a Equipe e eu, nunca ouvimos o Raul pronunciar tais palavras, aliás, ele sempre o elogiou. Victor, amarelou e silenciou, não tinha argumentos...

Assim, tudo ficou devidamente esclarecido.

Após a conclusão da Pesquisa, Victor foi transferido,  Raul foi promovido, e por competência e sinceridade Laura assumiu a Assessoria da Diretoria.

No início da história humana, o Anjo do Mal prejudicou toda a nossa espécie mas, o nosso Deus que é bom e compassivo, com o Sim da Virgem Maria, nos trouxe Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Caríssimos, não sejamos divisores nas relações humanas, mas,  multipliquemos: sorrisos, alegria, cordialidade, convivência mútua, fraterna, pacífica, respeitosa, harmoniosa, solidária,  enfim, todas as virtudes benfazejas, com as pessoas, com as quais convivemos, onde quer que nós estejamos. Agindo assim, seremos felizes e faremos as pessoas felizes, também!


Brasília, 30 de maio de 2014
Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa



  

29.5.14

TREM DE FERRO

                                             TREM DE FERRO

Meu pai, Sebastião Bessa da Franca, era militar do Exercito Brasileiro. E como militar, não sei  se ainda é assim, toda vez que era promovido, era transferido. Foi assim, que quando ainda morávamos em São Paulo, onde nasci bem como mais dois irmãos, que inesperadamente -  sem saber exatamente porque, tinha 5/6 anos -,  fomos de mudança para Ipamerí, Goiás, onde minha mãe Dulce , nasceu, como também era e é, sede do 6º. Batalhão de Caçadores.
E como foi aquela mudança ? De trem de ferro...

E aí começa minha  fixação por estas máquinas maravilhosas. Foi na década de 40.
Lembro-me dos apitos, dos esforços da  máquina para puxar a composição, apitando nas curvas e aquele som característico das rodas dos vagões  sobre os trilhos nas emendas, ... teleco-teco...teleco-teco......teleco-teco....além de um balançar suave de um lado para o outro, que nos ajudava a dormitar, e fazer da viagem um prazer.

 .Depois de apitar insistentemente, avisando que ia chegar a alguma estação e quando a  adentrava , tocava um sino .....blem..blem...blem .., este, era para alertar aos prováveis passageiros que era perigoso aproximar-se da composição em movimento.
Lembro-me que  usamos três composições: Estrada de Ferro Paulista, Mogiana e por fim a Estrada de Ferro Goiás  que passava por Ipameri - Goiás, ponto final de nossa mudança.
 Foto - ao lado - da locomotiva em Ipameri, na década de 40.
                                                                                                                
Morar em Ipameri   foi ótimo para a minha idade, para minha infância onde guardo
lembranças inesquecíveis desta época. Mas isto é outra estória. Vamos falar de trem de ferro.

Toda vez que eu escutava o apito do trem de ferro saindo ou chegando da estação, me dava    aquela vontade de ir ver aquela máquina, o que era impedido - devido a pouca    idade que eu tinha - , e em obediência  às recomendações severas de minha mãe e do meu pai de não ir sozinho à estação. Mas fui levado para tanto, algumas vezes, pois minha mãe não tinha tempo. Meu pai, na hora que o trem passava, ele estava no quartel, cumprindo suas obrigações. Éramos 5 crianças necessitando de cuidados e atenções.

Depois de alguns anos morando em Ipamerí, eis o inesperado: promoção, transferência e guerra mundial. Transferência para Juiz de Fora, Minas Gerais, sede da 4ª. Região Militar, onde a especialidade de meu pai, rádio comunicação, era muito  solicitada.

A viagem para Juiz de Fora foi de  trem...oh que ótimo ! Fomos morar em Mariano Procópio, bairro de Juiz de Fora e sede da 4ª  Região. Mas o que tinha Mariano Procópio que me atraia?  Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil !  Mas já com 10/11 anos, começava a rebeldia,  eu fugia sorrateiramente e ia para a estação assistir ao trem chegar e sair. Era lindo ver as locomotivas à vapor  a puxar  as composições com vários vagões , que as  tornavam longas, as vezes até com duas  locomotivas que para se movimentarem usavam de toda sua força, muitas vezes patinando sobre os trilhos, na hora da arrancada.

 Mas por que eu gostava tanto e ainda gosto das locomotivas a vapor das estradas de ferro? Porque elas são verdadeiras obras de arte, representam a força e pertencem  há uma época diferente da de hoje.

Arte, força e saudosismo, que me levam a admirar um artista brasileiro, mas precisamente gaúcho, que nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, em 1928 e veio a falecer em 1990. Seu nome é Glauco Pinto de Moraes. Foto abaixo.

 Pintor, autodidata e advogado, mais pintor que advogado, que fez das locomotivas a vapor a  temática mais importante de sua obra  hiper-realista. Levou para a tela além das locomotivas  detalhes das mesmas, como os limpa- trilhos, pistões, engates, molas e outros.



                             O Artista Plástico Glauco Pinto de Morais , é citado com muita justiça, com um verbete no Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, do MEC, edição de 1974. 

Deixou de ser registrado naquele dicionário , as inúmeras e incontáveis exposições que participou, inclusive a Bienal de São Paulo de 1975 e 1979.
 A reprodução destes Quadros, é uma pequeníssima amostra de seu rico e imenso trabalho, que dedico aos admiradores das locomotivas à vapor e apreciadores da arte do pincel, que como eu, amam as Locomotivas e as Artes Plásticas.




Brasília-DF, 12 de fevereiro de 2015

Djalmir Bessa

Re - Publicação

                         

                           



       

  

26.5.14

EM SILÊNCIO RESPEITOSO, REPRODUZO O QUE TOMEI CONHECIMENTO

                                                                                   " RETRATO DE JESUS"


Este documento foi encontrado no arquivo do Duque de Cesadini, em Roma. Essa carta, onde se faz o retrato  físico e moral de Jesus, foi mandada de Jerusalém ao  Imperador Tibério Cesar, em Roma ao tempo de Jesus.
                                                                                                       
“Sabendo que desejas conhecer quanto vou narrar, existindo nos nossos tempos um homem, o qual vive atualmente de grandes virtudes, chamado Jesus, que pelo povo é inculcado o profeta da verdade, e os seus discípulos dizem que é filho de Deus, criador do céu e da terra e de todas as coisas que nela se acham e que nela tenham estado; em verdade, ó César, cada dia se ouvem coisas maravilhosas desse Jesus: ressuscita os mortos, cura os enfermos, em uma só palavra; é um homem de justa estatura e é muito belo no aspecto,  há tanta majestade no rosto, que aquele que os veem são forçados a ama-lo ou teme-lo. Tem os cabelos da cor da amêndoa bem madura, são distendidos até as orelhas, e das orelhas até as espáduas, são da cor da terra, porem mais reluzentes.
Tem no meio de sua fronte uma linha separando os cabelos, na forma em uso nos nazarenos, o seu rosto é cheio, o aspecto é muito sereno, nenhuma ruga ou mancha se vê em sua face, de uma cor moderada; o nariz e a boca são irrepreensíveis.


A barba é espessa, semelhante aos cabelos, não muito longa, mas separada pelo meio; seu olhar é muito afetuoso e grave; tem os olhos  expressivos e claros; o que surpreende é que resplandecem no seu rosto como os raios do sol, porem ninguém pode olhar fixo o seu semblante, porque quando resplende, apavora, e quando ameniza, faz chorar; faz-se amar e é alegre com gravidade.
Diz-se que nunca ninguém o viu rir  mas, antes, chorar. Tem os braços e as mãos muito belos; na palestra contenta muito, mas o faz raramente, e quando dele se aproxima, verifica-se que é muito modesto na presença e na pessoa.É o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais, visto por estas partes uma mulher tão bela. Porem se a majestade Tua, ó César, deseja vê-lo, como no aviso passado escreveste, dá-me ordens, que não faltarei de manda-lo o mais depressa possível.
De letras, faz-se admirar de toda a  cidade de Jerusalém; ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem,  vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram.
Dizem que um  tal homem nunca foram ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram   jamais, tais conselhos, de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como Divino e muitos me querelam, afirmando que é contra a lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos
hebreus .
Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele têm praticado afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém, à tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido.

Vale, da Majestade Tua, fidelíssimo e obrigadíssimo...Público Lêntulo , Presidente da Judéia. 

             L`indizione sétima, luna   seconda”.


A pintura de Jesus acima é de autoria do artista Aggemian,1953,

feita sobre a imagem do Santo Sudário.

23.5.14

O CAÇADOR DE LEÃO

                                    
 Meu marido, e suas estórias..

O Comendador Joaquim Pereira da Silva era um homem rico e empreendedor, nos idos  de 1900 e qualquer coisa a mais. Estava estabelecido em Lisboa, mais precisamente no cais do porto, onde seus armazéns estavam sempre abarrotados de mercadorias secos e molhados  que  importava do Brasil, da I Índia, da China e também de sua produção vinícola destinada a exportação..
Muito conceituado na sociedade lisboeta, casado e pai de uma prole de herdeiros de dez filhos..Tinha muito orgulho de seu título de Comendador que recebera diretamente das mãos do governante da época Antonio de Oliveira Salazar, pelos seus inestimáveis serviços prestados à Nação Portuguesa.
Mas como disse acima o Senhor Joaquim era um homem empreendedor, de natureza irrequieta e tinha uma firme disposição de aumentar os seus negócios .
Como uns dos líderes de negociantes de Portugal, fundou com seus colegas do porto de Lisboa algumas Associações de Classe, sendo a mais destacada a Real Academia Portuguesa de Caça, que nas épocas certas promovia caça aos faisões., codornises e até javalis. Ele era um dos melhores atiradores com sua arma calibre 12 de origem austríaca de acabamento em prata com motivos campestres.Mas não estava sereno... no seu íntimo borbulhava algo que ele não sabia bem o que era....aumentar os negócios...
Numa certa manhã  enquanto sentado à beira da cama, coçando a sua barba e o seu bigode deu-lhe um estalo e pensou consigo mesmo: vou para a África, ou melhor para Moçambique, tentar aumentar os meus negócios e........caçar algumas feras.....
Dito e feito.  Comunicou tal empreendimento somente á sua cansada e esgotada esposa, pois  ela tinha dado à luz 10 filhos, 3 homens e sete mulheres que lhe tomavam todo  o tempo, pois ela era uma dedicada e atenciosa esposa, não medindo esforços para manter   a família, alimentada, limpa e apresentável.
Como foi dito, o Comendador Joaquim Pereira da Silva, preparou às escondidas a sua viagem a Moçambique. Não queria despertar nos colegas do ramo  invejas nem tampouco iniciar uma concorrência que poderia ser desastrosa para os seus sonhos de aumentar os seus negócios.
Levou na sua bagagem um nova arma especial para caçar feras e quem sabe até elefante.
Uma Winchester calibre 44. Sim, essa poderia matar felinos de qualquer porte, até leões. Assim que desembarcou em Moçambique manteve contatos com comerciantes , muito deles portugueses e fez excelentes negócios, principalmente com seus vinhos de qualidade indiscutível e açúcar mascavo brasileiro.
Bem, e agora , vamos às feras.

 Aconselhado por um dos seus compradores contratou
um guia nativo Bantu, de nome Kisuba, valente caçador e conhecedor da região  e se deslocaram até a região de caça com uma bem montada comitiva onde armaram o acampamento.
Na manhã seguinte devidamente preparados, Comendador Joaquim com sua Winchester 44 adentraram a savana. Logo o Comendador se afastou do grupo, ansioso que era. Foi quando inesperadamente saindo de traz de uma moita um enorme leão, com uma imensa juba negra, dando um urro fenomenal partiu para o ataque. Comendador Joaquim não perdeu a calma e com um tiro certeiro no meio da testa abateu a fera, que caiu aos seus pés.
Foi uma festa no acampamento. A pele do leão foi separada e preparada para que o Comendador voltasse com a mesma e pudesse apresenta-la como troféu.
Bem, retornando a Lisboa o Comendador, muito orgulhoso de seu feito, convocou uma assembleia da Real Academia Portuguesa de Caça para relatar o seu feito e expor  não somente a sua Winchester, como também o troféu assustador : a  pele do enorme leão de juba negra, com sua bocarra aberta mostrando suas enormes presas.
O Comendador Joaquim preparou-se bastante para o seu relatório, e querendo impressionar ainda mais a assembleia treinou incansavelmente o urro poderoso do leão, com sua voz de barítono não esquecendo-se do diafragma, para que o urro leonino saísse perfeito e pudesse assustar, sim, assustar, as “ raparigas “ e suas mamães.
No dia aprazado, o salão de conferência completamente cheio, as madames e suas “raparigas” elegantemente vestidas, os homens nos seus melhores ternos, todos com a
atenção voltadas para o Comendador, que na frente de todos relatava o feito grandioso.
Quando chegou a hora do urro do leão o Comendador fez uma pausa de alguns segundos e olhando fixamente a assembleia, com os olhos arregalados, pernas abertas, encheu seu pulmão no máximo e comprimindo o diafragma deu um urro assustador:

                         UUUHHUHUHUUHUUOOHOHOOHOHO
Ai ficou estático, com os olhos arregalados, sem movimentar um músculo, falou :

                                                  Me borrei todo!

Silêncio completo na assembleia, As madames e as “ raparigas “ se enrubesceram, e se abanavam freneticamente com seus leques chineses. Mas o silêncio persistia, com o Comendador Joaquim Pereira da Silva totalmente imóvel no meio do salão. Foi quando o secretario da Real Academia Portuguesa de Caça, para salvar a situação, levantou-se e disse :
  Mas também Sr. Comendador, com um leão enorme na sua frente, urrando, o Sr.
  teria que se borrar  todo!
 Recuperando o domínio de sí, e com a maior sinceridade, o Comendador Joaquim falou:

                               Foi agora Sr. Secretário que me borrei para imitar o leão.


Djalmir e Ana Bessa
    23.05.2014














MARCANDO TERRITÓRIO

Fatos da vida de meu marido que admira muito os Felinos, conta-nos ele:

“ Acho-os lindos, principalmente os jaguares africanos, as onças brasileiras, mas os respeito muito e prefiro manter distancia prudente até nos Zoológicos. Tem uma característica com os machos, que quando querem marcar territórios urinam para traz. 
Tem um fato que assisti pessoalmente. Quando ainda eram permitidos manter animais em circos, isso no século passado, não declinarei o ano para preservar a minha idade ( oh lalá ), fui a um espetáculo circense que entre outras atrações anunciava-se uma demonstração de exibições de felinos, no caso leões e leoas.
 Eu e minha família ocupávamos cadeiras numeradas, mas afastada do picadeiro.
 Entretanto bem rente ao picadeiro, no primeiro plano, tinham amigos que orgulhosamente ocupavam aqueles lugares privilegiados.
Armada a grande gaiola que ocupava o picadeiro inteiro, soltaram as feras para que o domador demonstrasse suas habilidades em domá-las. Dois leões furiosos  e três leoas ameaçadoras urrando assustadoramente percorriam o picadeiro contidas pela grade protetora . O domador também dentro da respectiva com um chicote na mão estalava o dito para manter acuado as feras e faze-las subir em mesas e cadeiras.


 Foi ai que um dos leões resolveu marcar território. Sem obedecer o domador percorreu parte do picadeiro rente a grade e parando bem em frente dos nossos amigos.....marcou o território....isto é , deu uma urinada para traz e.....ensopou os nossos conhecidos  com  urina de leão.
Para eles acabou o espetáculo, levantaram e foram embora enquanto o povão da arquibancada, bem protegido da urina  de leão , ria bastante.
Penso eu,  como riram bastante, alguns urinaram nas calças.. Minha família e eu ficamos
muito sérios em apoio aos nossos conhecidos. Eu pessoalmente queria rir também, mas
sem molhar as calças.”

Djalmir Bessa
23.05.2014

20.5.14

FÁBULAS DE ZAIRA



Meu marido que tem uma memória  muito boa contou-me a seguinte história da sua infância, passada na cidade de Ipameri - Goiás, onde morou no Século passado. 
Naquela época não existia Televisão, Satélite, Telefones Interurbanos, etc. O Rádio Amador era um grande auxiliar na comunicação. 
E como preencher o tempo, mais precisamente a noite ? Ai vem a Zaira, a jovem secretária da família que morou com a família longos anos. Além dos excelentes serviços que ela prestava ela tinha uma grande qualidade: era Contadora de Estórias! As estórias da Zaira, eram fantásticas e preenchiam as cabeças da criançada plenamente: o que ela fantasiava tinha uma maneira especial que os deixavam boquiabertos e sonhadores.
As fábulas da Zaira giravam em torno de quê? Ah, agora vem a surpresa : lobisomem, mula-sem-cabeça,saci, caipora e assombrações.
 Acreditamos que Monteiro Lobato, brasilianista, montou seus livros, baseado nas fábulas populares.
Temos uma filha Cássia e lhe presenteamos com uma Coleção de Monteiro Lobato, hoje herdada pelos nossos netos.