5.8.14

HISTÓRIAS DE ANINHA - RESSACA/SIMÃO NUNES




Aos Leitores:

Começo a publicar a história da minha vida onde nomes, locais e fatos são verídicos.

Com relação aos meus avós e meus pais Pedro Pinto de Miranda e Carmem Ventura Batista, pouco sei a respeito deles...

O corre-corre da vida, o trabalho remunerado desde os 14 anos de idade, como Locutora, na Rádio A Voz d`Oeste  em Cuiabá Mato Grosso...

Eu tinha como objetivo primordial  estudar, porque muito cedo eu percebi sozinha, ninguém me falou, que só havia uma possibilidade de eu sair daquele extrato social ao qual eu pertencia,  que era: estudar , estudar e estudar!

Assim, pela graça de Deus cheguei a conquistar um Diploma de Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT e uma Pós-Graduação em Planejamento a Nível Estadual - 584 horas, realizado pelo  Centro de Treinamento para o Desenvolvimento Econômico – CENDEC, na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Agora, Aposentada, sobra-me tempo para pesquisar as indagações sobre os meus antepassados e saí em busca delas...

Por isso compartilho com muita emoção e satisfação para o meu íntimo esta simples história que tem por finalidade,  testemunhar a presença constante e fiel de Deus em nossas vidas e deixar registrado para os meus descendentes esta história, que também é parte deles.






                                                           1º Episódio 
                                   
                                          DA RESSACA À SIMÃO NUNES

Minha mãe Carmem Ventura Batista ficou viúva duas vezes. No primeiro casamento, ela casou-se muito cedo e teve três filhos: Benedito – Tito, Maximiana - Maci e Maria José Pires Correa – Maria.

Com o falecimento do seu primeiro marido, casou-se com meu pai Pedro Pinto de Miranda e tiveram dois filhos: Valentim Pinto de Miranda – Ninito e eu, Ana Pinto de Miranda – Aninha.

Eu nasci na Usina Jacobina – município de Cáceres, Mato Grosso, na década de 40, pelas mãos da parteira cacerense Dona Teodora, prima de meu avô Luiz Militão Pinto de Miranda e por isso a tratávamos carinhosamente como  tia Teodora.

Meu pai foi convidado para ir trabalhar como Capataz na Usina da Ressaca, produtora de açúcar e aguardente de cana, localizada também no município de Cáceres - Mato Grosso.

Na Usina Ressaca, morávamos numa casa ampla, de esquina...
Minha mãe ficou grávida e deu à luz um menino nati-morto.


Dessa época, um fato me vem à mente: quando mamãe deu à luz meu irmãozinho – nati - morto,  eu tinha então dois anos de idade  e fui levada pelo meu cunhado Antonio Caetano Fardim casado com a  minha irmã Maci para a casa deles.
Lembro-me perfeitamente que ele me levou no colo, bem como lembro-me do percurso feito da minha casa à casa deles... Eu chorava muito.

As separações são sempre angustiantes e as crianças as sentem muito mais num primeiro instante, mas a Misericórdia Divina que tudo preenche, alivia e sana,  nos compensa sempre, graças a Deus!

Meu “ pai era um bom homem e muito trabalhador.” O sócio-administrador  da Usina, José Villanova Torres o incumbiu de desbravar Simão Nunes, um dos Redutos da Usina Ressaca às margens do rio Paraguai.

Papai foi à Cuiabá, Capital do Estado de Mato Grosso contratar a mão de obra pertinente e trouxe consigo 08 homens fortes para a empreitada...

Simão Nunes, na época, era uma região inóspita, rio caudaloso, matas virgens com índios selvagens, onças pardas, pintadas, cobras e outros...

Brasília, 05 de agosto de 2014

Ana Miranda Bessa

Lembretes:
 5ª feira dia 07/08, mais um capítulo de Maria de Jesus...
 3ª feira 12 -  2º Episódio das Histórias de Aninha


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