27.6.14

PARECE PEITO DE FRANGO EMPANADO, MAS É...



BACALHAU  DO PORTO          " GADUS MORHUA"
                         

 Aqui em casa comemos peixe toda semana, graças a Deus!
Os de água doce gostamos muito do nosso saboroso Pacu,  Surubim, Cachara, Piraputanga, Dourado mato-grossense e também de Matrinxan, da Bacia Amazônica.
Como aqui em Brasília é difícil de os encontrar, optamos pelo peixe de água salgada o Robalo, mas ultimamente estamos dando preferência ao Bacalhau do Porto, não só pelo tamanho,  pela bela cor, sabor e textura, mas também pelo preço.

Faço constantemente bacalhau do porto à portuguesa, ao azeite e alho; das sobras: risoto e misturinhas, com cebola e batata palha, souflé, etc.


Nesta sexta, inovei...


Assim quando meu marido viu o bacalhau pronto, disse que parecia peito de frango empanado, então, mais uma vez, compartilho com vocês este saboroso  “empanado”, não de peito de frango, mas, encapado de bacalhau do Porto.

                                                                                   

Cortei o bacalhau em pedaços grandes e coloquei na água para retirar o sal, deixando sempre dentro da geladeira...





Cortei em pedaços, dessalguei, retirei as escamas e espinhas, mantive a pele  deixando o bacalhau  ao ponto do sal que gostamos.



Deixei um pouco escorrendo.
 É bom deixar os pedações bem enxutos e
temperei com limão,  páprica e coentro em pó, a gosto. 

Pedaços do bacalhau já dessalgados, mas com a pele porque na pele está o colágeno e para nosso paladar, deixa a carne mais saborosa.



Após estarem temperados os pedaços do bacalhau,
Passei - os  levemente em creme de arroz, "encapei" como dizemos em Mato Grosso,
 porque este Bacalhau  é de suave textura ou seja, tem sua carne macia.


O creme de arroz além de não deixar o assado grudar na forma, sela a carne, mantendo um maior grau de umidade na mesma.


Regue uma forma com 4 colheres de azeite virgem...
Coloque os pedaços e regue com mais azeite por cima dos mesmos...

Leve ao forno previamente aquecido para assar!

                                                                                    O bacalhau encapado assim assado, e/ou frito,  fica crocante e sequinho. Nós preferimos o assado...

Para acompanhamento:
1.      Arroz com Legumes e Farofa de Maçã. 



          Brasília 27 de junho de 2014
          Comemoramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus
           
           Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa












21.6.14

PARECE ABACAXI MAS É...







                                                                                                                      MANDIOCA

Sou  matogrossense  e amo mandioca. Mandioca branca, amarela, bem macia, cozida, assada, frita,  sempre tem lugar em nossas refeições.


Há tempos tenho feito mandioca corada ao forno e em especial esta amarela, na forma como comprei e depois cortei,cozinhei e corei no forno. 

Quando meu marido a viu, perguntou: é abacaxi?

Realmente parece abacaxi e por isso resolvi exibír o nosso almoço deste sábado.

Eis os passos para preparar esta delícia:

1 - A picanha selada:
Quando selamos a carne, ela é dourada superficialmente em óleo muito quente... 
Esse procedimento, retira toda a gordura externa da picanha...
Fica um tempo escorrendo todo o óleo e é,
Embalada em papel alumínio para assar com sal grosso,  a gosto; quando assada, fica na forma um residual de gordura muito ínfimo...
A carne assim selada, mantém a  água da própria carne e trabalha a parte interna da mesma.
Ela fica mais saborosa e macia, e sem as gorduras...

2- A mandioca "in natura":







Comprei no supermercado cortada e embalada à vácuo.










 Cortei em rodelas de mais ou menos um centímetro.











Coloquei em panela com água para cozinhar.


Quando estava cozida e macia, coloquei em forma tefal com duas colheres cheias de óleo de girassol e levei ao forno para corar.

Se fosse fritar gastaria 400 ml de óleo...

Assada, somente 40 ml .






 Comidinha light que comemos à vontade, graças a Deus. 

Tenhamos todos uma excelente semana!

Brasília, 21 de junho de 2014
Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa












16.6.14

"ESTOU AÍ !"


                                             
                                                                                                  James Dillet Freeman                                                                                                
    Você precisa de Mim?
    Estou aí.                                                                         
    Você não Me pode ver. No entanto, Eu sou a luz que lhe permite ver.
    Você não Me pode ouvir. No entanto, Eu falo através de sua voz.
    Você não Me pode sentir. No entanto, Eu sou a energia que atua com as suas mãos.
    Estou agindo, embora você não compreenda  os Meus métodos. Estou agindo, ainda que você         não reconheça a minha ação. Não sou estranhas visões.
    Não sou mistérios.
    Apenas na absoluta quietude, além de si mesmo  é que você poderá conhecer-Me, tal como sou,       e assim mesmo como uma sensação e uma fé.
    No entanto, estou aí. No entanto, ouço. No entanto, respondo. Quando você necessite de Mim,           Estou aí.
    
 Mesmo quando você Me negue, estou aí.
 Mesmo quando você se sinta extremamente         solitário, estou aí.
  Ainda mesmo quando você sinta temores,     estou aí.
  Ainda mesmo em suas dores, estou aí.
  Estou aí quando você ora e quando você não       ora.
  Estou em você e você está em Mim.
  Só em sua mente você poderá sentir-se               separado de Mim, porque apenas na mente se    acham as névoas do “seu” e do “meu”.
   Não obstante, só com a sua mente você              poderá conhecer-Me e experienciar-Me.
   Esvazie seu coração de medos infundados.
   Mesmo quando você se desencaminha, estou     aí.
    Você nada pode de si mesmo, mas Eu posso tudo.  Estou em tudo.
    Embora você não possa ver o bem, o bem esta aí,
    porque Eu estou aí.
    Estou aí porque me cabe estar, porque estou.
    Somente em Mim o mundo tem sentido, somente em
    Mim o mundo assume forma; e devido a Mim é que o mundo prossegue.
    Eu sou a lei que governa o movimento das estrelas e o crescimento das células vivas.
    Eu sou o amor que  é o cumprimento da lei.
    Eu sou a segurança.
    Eu sou a paz.
    Eu sou a unidade.
    Eu sou a lei pela qual você vive.
    Eu sou o amor em que você pode apoiar-se.
    Eu sou a sua segurança.
    Eu sou a sua paz.
    Eu sou um com você
    Eu sou!
    Ainda que você falhe em encontrar-Me, Eu jamais falho com você. Embora a sua fé, em Mim, seja     insegura, a minha fé, em você jamais vacila, porque Eu o conheço; porque Eu o amo.

    Amado: estou aí!




  No dia 7 de agosto de 1971, quando a Apollo 15 completou sua missão, o Ten.Cel. James R. Irwin - terceiro no sentido horário - deixou na lua uma cópia deste poema. ( Silent Unity)

"A Apollo 15 foi a primeira das missões de caráter eminentemente científico à Lua após as primeiras missões de reconhecimento...".


Brasília, 16 de junho de 2014
Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa

            

10.6.14

HISTÓRIAS DE ANINHA - Dona Graciosa




Na década de 50 vivia na fronteira com a Bolívia, na cidade São Luiz de Cáceres Dona Graciosa  professora de História do Colegial na Escola Pública. Tinha uma estrutura forte, era alta e uns quilos a mais. Diziam seus alunos que era muito competente no que lecionava. Era  pianista clássica mas apreciava muito as músicas populares como a italiana o Sole Mio e a brasileira Pombinha – “ lua, quando amanhece o dia no meu rincão...”. Quando eu  a via na rua, era sempre de uma elegância inquestionável: roupas, sapatos e bolsas, tudo combinando, oriundos do Rio de Janeiro. Cabelo penteado em um coque perfeito.

Dona Graciosa era carioca, a família de seus pais – falecidos - morava toda no  Rio de Janeiro, naquela época, capital do País.

D. Graciosa, conheceu o General Alfem no  Rio de Janeiro. Foi amor à primeira vista e se casaram. O Gal. Alfem, era  viúvo e morava em Cáceres.

O general Alfem do seu primeiro casamento tinha 4 filhas, casadas com senhores riquíssimos, pecuaristas no Pantanal e produtores de cana-de-açucar e que moravam em mansões lindíssimas, em São Luiz de  Cáceres.

O general  Alfem , levou D. Graciosa para Cáceres e   moravam numa casa grande, antiga, com grande quintal,  no centro da  cidade onde se congregava a elite social. Tiveram uma única filha, moça feita que  estudava   no Rio de Janeiro.
O general   sofreu um AVC e faleceu.  Dona Graciosa ficou sozinha e  alternava as férias escolares, ora ela indo ao Rio de Janeiro, ora a filha vindo a casa dela.

A casa de D.  Graciosa era vizinha da casa do Engenheiro Dr. Armando e D. Diva, onde morávamos, após a minha mãe ficar viúva e prestava serviços de jardineira. Morávamos  numa casinha  composta de  2 quartos, varanda, cozinha e banheiro.

 Havia ali uma área  imensa do tamanho de um campo de futebol e um pomar rico com goiabeiras, laranjeiras, lima de umbigo,  ata ou  fruta de conde,  era como se fosse um pequeno sítio para mim. Mas o terreno era protegido por um muro alto.

 Meu irmão e eu, estávamos na idade de frequentar a Escola e nós estudávamos na parte da manhã e na parte da tarde após fazer o dever, ajudávamos a mamãe a regar as plantas no jardim e brincávamos de tudo ,com as crianças da vizinhança... Como era bom  !!!

A tardinha, D. Graciosa tocava ao piano “O sole mio”, “Pombinha”...,  e eu me deleitava com o som melodioso que escutava na varanda, em minha casa.

Como eu disse, o muro que dividia as casas era alto. Próximo ao muro, existia um pé de manga rosa deliciosa e  eu, na curiosidade infantil de meus 7 anos, um dia,  subi nela para espiar a casa da vizinha cantante.
 
Fiquei perplexa com o que vi... D. Graciosa vivia em meio a uma sujeira de espantar qualquer um que gostasse de um mínimo de organização e limpeza.

Ela criava no quintal: galinhas, pintinhos, galos, patos e porcos... e a cozinha e copa, era a continuidade de seu quintal, onde os animais entravam e saiam na maior liberdade.



Eu vi em cima do Piano,  em uma sala contígua à cozinha, pratos com sobras de comida onde os galos e galinhas subiam e comiam com avidez. 




Os porcos, vinham disputar as   migalhas que caiam no chão.



Cáceres, fica às margens do rio Paraguai e é muito quente.  A temperatura oscila entre 30 e 40° C, à sombra.

Com tanto calor, aliada à obesidade da D. Graciosa, percebi que ela estava usando uma anágua de tecido de algodão transparente. Os seus seios, livres de soutien, estavam   a mostra e esparramavam-se sobre a sua grande barriga fofa e protuberante...

Ao vê-la daquele jeito  fiquei estarrecida porque a D. Graciosa que eu via na rua com tanta elegância, se desnudava em sua casa e se transformava em uma pessoa diferente daquela que se apresentava nas ruas: sempre,  elegante e sóbria.

D. Graciosa, era uma mulher feliz, além de tocar piano, cantava ... Com a filha bem encaminhada  na vida, ela, exercia sua profissão, e vivia  em sua casa com toda liberdade, sem ter ninguém para dar satisfações de seus atos e assim prosseguia...

A filha de D. Graciosa ia se casar com um carioca e o casamento seria realizado na casa dela. Como as enteadas de D. Graciosa conheciam a casa da madrasta, e preocupadas com a situação domiciliar dela, resolveram de comum acordo promover uma Reforma na  casa ,  arcando elas mesmas com o dispêndio financeiro...
Seriam convidadas para o casamento todas as pessoas ilustres da cidade e a casa da querida   madrasta  deveria fazer jus às enteadas ricas.

Assim que num dia aprazado , as enteadas,  foram à casa de D. Graciosa para falar desse plano...  D. Graciosa aceitou a cordialidade e generosidade das enteadas...
Transferiu-se para a casa de uma delas e se iniciou a reforma.

A casa foi  toda reformada, pintada, ficou como nova. As enteadas  compraram objetos de uso pessoal, utensílios, roupas de cama e banho, mobílias novas, etc...

O Piano de D. Graciosa era antigo e tinha um som  espetacular, que ela herdou de sua mãe pianista... O carinho de  D. Graciosa pelo seu piano era o mesmo carinho dela para com os galos, patos e  galinhas, que perambulavam alegremente  pela casa dela, antes da reforma.

O quintal foi estruturado, galinheiro com  poleiros para os galos, galinhas e pintainhos. Chiqueiro para os porcos e porquinhos, um cercado com lagoinha para os patos e patinhos... um luxo, de quintal e de casa para D. Graciosa.

A festa de casamento foi um sucesso com buffet e tudo que a noiva tinha direito e muito mais e o casal feliz, voltou para o Rio de Janeiro onde moraria e teria lá os seus filhos, netinhos para D. Graciosa.

Mas D. Graciosa, tinha arraigado em si, seus hábitos e costumes domiciliares...

Liberou o galinheiro, o poleiro, o chiqueiro e escancarou as portas  de sua nova copa- cozinha para seus companheiros e amigos animais...

Num sábado a tarde, convidei  a galerinha e  subimos no pé de manga rosa .


Constatamos que a casa estava linda, mas para  nossa frustração,  D Graciosa e seus companheiros animais, lá estavam – na sujeira -  tranquilos, como se nada tivesse acontecido...

Criança ainda naquela época,  guardei na memória tudo o que aqui escrevi, e não sem recordar as lembranças maravilhosas da minha infância...

Quando  adulta,  cheguei à conclusão de que o importante na vida é ser feliz! É  amar e perdoar as ofensas ... Não importa as circunstâncias onde nos encontremos,  e que antes de julgar os outros, devemos olhar para nós mesmos e perguntarmo-nos: Eu sou feliz?

A felicidade está em mim, como está em você.  É o mesmo Deus, que tudo realiza em nós, distribuindo a cada um de nós, os seus dons, conforme a sua vontade, nos diz  São Paulo em 1 Cor 12,11.

Cada um de nós , é especial para o Senhor: eu, você, D. Graciosa...
Mesmo que ainda  não O conheçamos, mesmo que não tenhamos intimidade com Ele, Ele nos fez indivíduos, únicos, filhos muito amados e queridos!

A Regra de Ouro para a felicidade é muito simples, porém profunda:  “Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei...”, disse-nos Jesus, o filho amado de Deus.   Mateus 7,12 .

                Conhece a música desta letra? Então, cante comigo:
                 “  Eu sou feliz porque meu Cristo quer (bis).
                     Felicidade não é coisa qualquer:
                     Eu sou feliz porque meu Cristo quer! ”


Brasília, 10 de junho de 2014
Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa



8.6.14

Lei de Ohm, Alfa e Ômega


                                 

“Durante as missas semanais, chamou-me a atenção duas letras ou dois sinais descritos nas vestimentas dos padres da nossa Paróquia e que mais tarde também vi gravados no Círio Pascal, ou  sejam,  os sinais “A” e “Ω” que deduzi serem os sinais Alfa e Ômega, a primeira e a última letra do alfabeto grego estilo jônico (após pesquisa). Que no sentido bíblico quer dizer: Deus é o princípio e o fim.  E desde a primeira vez que vi esses sinais, veio à minha  mente as unidades de corrente (Amper – representada pela letra “A”) e resistência (Ohm – representada pelo sinal “Ω”), que são assuntos referentes à eletricidade.

Já  havia me esquecido do assunto, quando após a missa das 19:00 horas, do dia 14 de maio de 2014,  na nossa Paróquia (Nossa Senhora do Rosário), comentei em tom de brincadeira com um paroquiano (Luiz Antônio)  se ele sabia o que é a Lei de Ohm e que se ele lembrava  da fórmula dessa Lei que nos foi ensinado no 2° grau;  e ele apenas riu.

Então falei dos dois sinais e ele respondeu prontamente que eram sinais “Alfa e Ômega, Deus é o princípio e o fim de tudo”. Então disse a ele que isto tinha uma relação com a lei de Ohm, pois a fórmula da referida Lei é: Resistência (unidade (“Ω”) é igual a Tensão (unidade “V” – Volts) dividido pela corrente (unidade “A” e que por dedução simples matemática, a Tensão (V) é igual a Resistência (“Ω”) multiplicado pela corrente (“A”), cujo resultado seria grandioso, dependendo dos valores envolvidos, já que são dois fatores se multiplicando. E o que é grandioso podemos raciocinar com o que é Divino.

Guardem este raciocínio para a dedução de tudo que tentarei esclarecer, pois hoje é dia 15 de maio de 2014 e durante as minhas orações pela manhã, pensei no Luiz Antônio e nesta passagem da noite anterior.

Numa analogia, podemos entender que a Resistência ( em eletricidade) é um objeto utilizado em circuito elétrico para permitir passar uma Corrente Elétrica, pois entre as suas extremidades é gerada uma diferença de Tensão fornecida pela tomada elétrica de nossa casa. Basta lembrarmos  do ferro de passar roupas que ligamos na tomada elétrica (em Brasília, 220 Volts – Tensão) e que após “entrar” no ferro elétrico, encontra uma Resistência interna que aquece, pois há Corrente elétrica passando por ela, e assim podemos “passar” nossa roupa. Portanto, se maior é a resistência, menos corrente passa por ela e, ao inverso, se a resistência for menor, mais corrente passa por ela. 

Para ajudar o entendimento, o próprio nome Resistência é porque resiste ou “barra” a corrente elétrica dificultando a sua passagem; e a corrente é algo bom, pois traduz em resposta, como aquecer o ferro, o chuveiro, ligar o motor, etc. Portanto, a tensão na tomada é a fonte de nossas necessidades rotineiras, pois é dela que podemos usar todos os utensílios elétricos (micro-ondas, televisão, ferro de passar roupas, liquidificador ,  etc.), pois sem a eletricidade nossa vida ficaria extremamente difícil, ou seja, sem a tomadinha na nossa casa, estaríamos desesperados, perdidos. Daí  o raciocínio dos sinais “Alfa” e “Ômega” na roupa do Padre, como resposta que vem de Deus, ou sejam da mesma forma não podemos viver sem ELE, pois Deus é imprescindível para as nossas vidas.

Portanto, podemos concluir: a Resistência somos todos nós, seres humanos, pois sempre estamos resistindo, em virtude dos nossos pecados, opondo-se às coisas Divinas que tentam entrar em nosso coração, que no caso da eletricidade é a Corrente. E como vimos anteriormente, a Corrente é que dá as respostas no mundo da eletricidade e as coisas Divinas mencionadas é o Espírito Santo que nos dá as respostas pelos seus Dons.
 O resultado é sempre Jesus Cristo (Fonte da Vida), que na eletricidade é a Tensão (fonte de energia).

Outras observações interessantes:

- Quando o tempo fica muito carregado de nuvens negras, começa a relampejar muito forte. Costumamos falar que os relâmpagos  e trovões vêm do Todo Poderoso, pois vem dos Céus, e mais uma vez podemos associar na eletricidade onde a Tensão criada no céu, quando o  tempo está carregado, forma-se uma imensa diferença de potencial entre a região das nuvens e o solo, que é a Tensão elétrica. E o raio nada mais é que a intensa Corrente que desce daquela região para o solo, sendo a Resistência a própria atmosfera. Ou seja, a fonte geradora é o céu.

- Na fórmula da Lei de Ohm citada: “Tensão (V)  = Resistência (Ω) x Corrente (A)”, verificamos que se a Resistência diminuir a ponto de chegar perto de zero ( é impossível sumir com a Resistência), observamos que a Corrente cresce muito a ponto de se igualar ao valor da Tensão. Logo, se nós diminuirmos os nossos pecados (conforme explanado, que é a nossa resistência ao Amor), verificamos que o Espírito Santo vem morar em nosso coração (Corrente) e que se o pecado tende a ficar praticamente nulo (é impossível sumir com eles, como a Resistência, pois por natureza somos pecadores, mesmo com pequeníssimos pecados), podemos tornar semelhantes a Cristo, porém jamais sermos igual a ELE, ou seja, quase perfeitos. Portanto a coerência existe na eletricidade com a nossa Vida.

- Sendo assim, confirma que Deus criou a natureza de forma divina, perfeita, que alguns costumam falar que a própria natureza é o Deus do Altíssimo. Com o que foi explanado acima, não é que é mesmo? Imaginem que isto é apenas um assunto, como um grão de areia no mar, comparado a tudo que existe no universo.

- Por FIM, desde o PRINCÍPIO deste relato, tudo já estava abençoado, pois:
·          Alfa – representado por “A” – lembra AMOR!
·         Ômega – representado por “Ω” – se girarmos o sinal , lembra  CRISTO !


Amém!"

(Autor anônimo)

 Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa

5.6.14

PROFESSORES e Professores




Àqueles que já estão mais vividos, como eu, onde muitos dos fatos dos quais se lembram, aconteceu  no século passado, os que aconteceram neste século também me lembro, sinal de que minha memória está ótima, pela graça de Deus.

Sempre me vêm à lembrança os meus professores que tive na época que cursei o ginásio e em seguida o científico ( era assim a estrutura do ensino na década de 1950) , no Ginásio Estadual de Goiânia.

Os professores marcam as nossas lembranças  quando são exigentes ou ainda quando são competentes. Entre alguns desta fase de minha vida lembro-me do professor de Literatura Brasileira, o professor Oliveira. Era uma figura muito calma , já meio entrado na vida, a careca já aparecendo, mas profundo conhecedor da matéria que ensinava. Portanto era competente, mas não exigente...Tinha uma maneira toda especial de ensinar e cativar, sabia despertar nos alunos, falo por mim, a curiosidade de aprender e saber admirar os grande escritores e poetas da nossa História.


Além do mais, preocupava-se com a pronúncia certa das palavras, sem os cacofonismos  e a lei do menor esforço, característicos da cultura popular das terras goianas .Onde você, pronunciava-se ocê ; para você , procê;  com você , cocê e assim falava-se e até escrevia em certas camadas do extrato social goiano. Mas não cairia muito bem para aqueles que estavam se preparando para os vestibulares das faculdades e  universidades .

Nesta qualidade é que minha admiração e respeito pelo professor Oliveira se destaca.

Uma vez por semana era o dia da leitura. Escolhia um autor, geralmente poeta, e chamava um ou dois dos alunos para fazer a leitura do poema. 

Ensinou-nos a pronunciar as palavras corretamente, destacando os esses, os erres, os eles, e obedecendo rigorosamente a pontuação, e importante, dando ênfase naquilo que se lia.
Postura e compostura . Recomendava o professor Oliveira.

Num certo dia da leitura, o professor Oliveira nos surpreendeu, pois ele mesmo, em vez de  ler, resolveu, ele mesmo, sim ele mesmo, declamar uma poesia.

 Levantando-se de sua cadeira, atrás de uma escrivaninha e postando-se na frente dos alunos, declamou com sua voz profunda e clara  uma joia da literatura brasileira, do poeta pouco conhecido da maioria dos brasileiros, Ricardo Gonçalves .

A classe o  escutava em silêncio respeitoso, a declamação da  “ A Cisma do Cabloco e ao final as palmas brotaram naturalmente e todos com um sorriso na face, fomos cumprimentar aquele professor competente mas não exigente.......

Durante a batalha da vida, nas lutas muitas vezes perdidas, algumas  ganhas, nos esquecemos destes momentos marcantes da nossa juventude. Algumas vezes nos vêm
vislumbres, lembranças tênues e esmaecidas daqueles tempos que não voltam mais...
Mas , toda vez que penso ou falo em poesia lembro-me da “ A Cisma do Caboclo" , que reproduzo abaixo, para apreciação daqueles que não a conhecem e recordação daqueles que a conhecem.

                                                       A CISMA DO CABOCLO

                  

Cisma o caboclo à porta da cabana.
Declina o sol, mas, rúbido, espadana
          Ondas fulvas de luz.
No terreiro, entre espigas debulhadas,
Arrulham, perseguindo-se a bicadas,
Dois casais de pombinhos parirus.

A criação de penas se empoleira;
Come a ração no cocho da mangueira
          Um velho pangaré.
E uma vaca leiteira e bois de carro
Pastam junto à casinha, que é de barro,
          Coberta de sapé.

Longe, uma tropa trota pela estrada.
E a viração das matas, impregnada
          De perfumes sutis,
Traz dos grotões, que a sombra, lenta, invade
O soturno queixume de saudade
          Das pombas juritis.

Cisma o caboclo. Pensa na morena
Que vira numa noite de novena
          Orando ao pé do altar.
Que vira... e que, por mal de seus pecados,
Tinha os olhos profundos e rasgados
          E um riso de matar.

Branco, de fofos, era o seu vestido.
E ele, ao vê-la, sentindo-se ferido
          Em pleno coração,
Baixinho suspirou: "Nossa Senhora!
Ai, meu São Bom Jesus de Pirapora
          Da minha devoção!"

Depois não se conteve e, num fandango,
Furtou-lhe um beijo aos lábios de morango
          O diabo do rapaz .
E ela volveu zangada: "Malcriado!
Seu vigário já disse que é pecado.
          Aquilo não se faz!..."

E o caboclo medita. O sol em chama 
Como agora há pouquinho não derrama

          Ondas fulvas de luz.
O córrego soluça, a noite desce,
E vem dos capoeirões onde anoitece
          O trilo vesperal dos inambus.

                                  
  
Ricardo Mendes Gonçalves — pseudônimos: Ricardo Gonçalves, Bruno de Cadiz, D. Ricardito.  Poeta, tradutor, jornalista, nasceu na capital do Estado, a 8 de agosto de 1888. Formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em 1912. Orador e jornalista; fez 'parte do famoso grupo do "Minarete" de Monteiro Lobato. Faleceu no dia 11 de outubro de 1916.

Bibliografia: "Ipês" — São Paulo — Monteiro Lobato & Cia. — 1921.


Ana Miranda Bessa e Djalmir Bessa. 
Brasília, 05 de junho de 2014



   

" APENAS OUÇA "