2.2.22

LUCAS 2,22-40 - APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO :REFLEXÃO DE ANINHA

 




 

A Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor. Em conformidade com a Lei de Moisés – Ex 13,1-2.11-16; Lv 12,1-8, quarenta dias após o nascimento de Jesus, “Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor” – Lc 2,22. Essa festa da Apresentação teve origem no oriente e era celebrada dia 15 de fevereiro, quarenta dias após o nascimento de Jesus, celebrado em 06 de janeiro. No século VI a festa se estendeu ao ocidente e passou a ser celebrada no dia 02 de fevereiro, quarenta dias após o natal, celebrado no ocidente em 25 de dezembro. Inicialmente, em Roma, a Apresentação foi unida a uma festa de caráter mais penitencial. No século X, na Gália, essa festa foi organizada com uma solene benção das velas e procissão, que ficou conhecida popularmente como a “candelária”. A Apresentação do Senhor encerra as celebrações natalinas e, com a oferta da Virgem Mãe e a profecia de Simeão – Lc 2,33-35, abre o caminho rumo à Páscoa. Liturgia

Caríssimos, uma amizade sincera é dom de Deus, quer no plano social ou no plano divino. Quando cultivamos uma amizade não há fingimento nem enganações porque o amor reina ali de forma recíproca e verdadeira, a começar no ambiente familiar... Em nossa casa, sempre procuramos exercitar e executar a pedagogia do acolhimento, do respeito mútuo, do encontro e do diálogo, inteirando-nos mutuamente sobre as nossas pretensões e necessidades, como por exemplo: posso fazer, isso ou aquilo?

Ir ao encontro do outro, buscando sempre a aquiescência ou não das partes envolvidas no ambiente familiar, propicia sempre uma convivência pacífica e harmoniosa, o que é muito louvável! Não se deve deixar para depois, ou fazer de conta que a outra parte esqueceu, o que já foi combinado previamente... É muito constrangedor para a parte que se sente enganada! Trato é trato, compromisso é compromisso; se prometi fazer, devo faze-lo, ou justificar ao outro, o por quê de ainda não o ter feito!
                                             


Maria e José, como as famílias de seu tempo, tinham o compromisso de levar o primogênito para apresentá-lo no Templo e assim o fizeram, deixando-nos o exemplo da obediência, do respeito e do amor a Deus, no cumprimento do que a Lei exigia!

Nosso Deus e Pai tudo preparou para a chegada do Messias, nosso Salvador, conforme os profetas anunciaram...  Os corações de Simeão e Ana, ardiam na expectativa desse encontro, porque divino, verdadeiro e sincero, e o Espírito Santo os ajudou e assim aconteceu, harmoniosamente, como nos narra Lucas no Evangelho de hoje:


'Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. Foram também oferecer o sacrifício — um par de rolas ou dois pombinhos — como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: “Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.’ Lucas 2,22-40

Diz-nos a Igreja do Senhor que ‘A Apresentação de Jesus no Templo mostra-o como o Primogênito pertencente ao Senhor – Ex 13,12-13. Com Simeão e Ana é toda a espera de Israel que vem ao Encontro do seu Salvador (a tradição bizantina designa com este termo tal acontecimento). Jesus é reconhecido como o Messias tão esperado, “luz das nações” e “Glória de Israel”, mas também “sinal de contradição”. A espada de dor predita a Maria anuncia esta outra oblação, perfeita e única, da Cruz, que dará a salvação que Deus “preparou diante de todos os povos”.’ CIC 529

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso, em Cristo Jesus, nós queremos ser oferendas sinceras, verdadeiras e agradáveis a vós! Purifica-nos! Santifica-nos, Senhor! Somos vossos, plenos, plenificados do vosso amor, queremos levar a vossa luz e o vosso amor que nos plenifica, onde quer que nós estejamos! Dai-nos Senhor, sermos puros de coração para vos contemplarmos! Glorifica-nos Senhor, para que nós vos glorifiquemos e vos anunciemos hoje e sempre! Espírito Santo vem e faz morada em nós!

Pai Amado, com toda a Igreja nós vos rogamos: ‘Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso Filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.’ Amém!

Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós Mãe e ajudai as famílias na tarefa de guiar e educar os filhos para o amor e a solidariedade, fazendo resplandecer a luz do Cristo, respeitando-se e acolhendo-se mutuamente, sempre, amém!

 

Brasília – DF., 02 de fevereiro de 2022

  Ana Pinto de Miranda Bessa

           À serviço do Senhor!


Ed: 02.02.2016 – revisada


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