O Profeta Oseias nos fala daquilo que nosso Deus e Pai quer
e espera de cada um de nós: um coração sincero e amigo, não como a nuvem pela
manhã, como o orvalho que cedo se desfaz, mas que sejamos constantes useiros
vezeiros do amor e do conhecimento de Deus para com Ele e com os nossos irmãos
– Os 6,1-6.
A nossa conduta pode nos revelar estarmos convencidos de que somos realmente
bons, mas só isso não basta, é preciso estarmos convertidos ao Senhor nosso
Deus, porque só pela nossa conversão, pela mudança de vida, poderemos
reconhecermo-nos pecadores, necessitados da misericórdia do Pai e
misericordiosos como o Pai, quando então, seremos justificados por Ele,
como o cobrador de impostos do Evangelho de hoje.
Acolhamos com amor a Palavra que nos ensina o caminho que nos leva à conversão,
narrado por Lucas:
'Naquele tempo, Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua
própria justiça e desprezavam os outros: 'Dois homens subiram ao Templo para
rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé, rezava
assim em seu íntimo: 'Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros
homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. Eu
jejuo duas vezes por semana, e dou o dízimo de toda a minha renda'. O
cobrador de impostos, porém, ficou à distância, e nem se atrevia a levantar os
olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: 'Meu Deus, tem piedade de mim
que sou pecador!' Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, o
outro não. Pois quem se eleva será humilhado, e quem se humilha será elevado.'
Lucas 18,9-14
Dentre outros, diz-nos a Igreja: ‘“A oração é a elevação da alma a Deus ou o
pedido a Deus dos bens convenientes”. De onde falamos nós ao rezar? Das alturas
de nosso orgulho e vontade própria, ou das “profundezas” – Sl 130,1 de um
coração humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado – Lc 18,9-14. A
humildade é o fundamento da oração, “pois não sabemos o que pedir nem como pedir”
– Rm 8,26. A humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da
oração; o homem é um mendigo de Deus. Sto. Agostinho’ CIC 2559.
As palavras de Jesus nos exortam a que devemos ser como as crianças – Mt
18,1-4. Penso que como a criança pequenina se deixa conduzir pelas nossas mãos
e nos pede algo, nos olha e espera de nós o que pede... Assim, devemos ser nós
adultos, com o nosso Deus e Pai: voltarmo-nos para Ele, em oração, falarmos das
nossas necessidades em atitude humilde e dependente, agradecendo por todo o bem
que Ele nos faz, sem julgamentos, sem comparações nem cobranças, porque sinto,
se assim agirmos, é agradável ao Senhor!
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque Jesus
nos ‘ensina a cumprir a vossa vontade, pois sois o nosso Deus; que vosso Santo
Espírito nos conduza por uma terra aplanada. Faze-nos ouvir vosso amor pela
manhã pois é em vós que nós confiamos; indica-nos o caminho a seguir pois nós
nos elevamos a vós’ – Sl 143. Sim Pai Santo, nosso coração vos busca! Cura-nos
Senhor, transforma-nos Senhor, converte-nos Senhor para vos amar e amar os
nossos irmãos, profundamente. Graças, Pai! Glórias e louvores a Vós, Senhor!
Pai Amado, com toda
a Igreja nós vos rogamos: ‘Ó Deus, alegrando-nos cada ano com a celebração da
Quaresma, possamos participar com fervor dos sacramentos pascais e colher com
alegria todos os seus frutos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na
unidade do Espírito Santo.’ Amém!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós Mãe para que ‘neste
tempo de conversão, se torne mais firme a nossa volta para o Senhor por meio da
confissão, da oração e da Adoração Eucarística.’ Amém!
Brasília – DF., 26 de março de 2022
Ana Pinto de
Miranda Bessa
À serviço
do Senhor!
Ed: 05.03.2016 - revisada
Nenhum comentário:
Postar um comentário