'No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro
pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os
preparativos para comeres a Páscoa?”
Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse:
“Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro.
Segui-o e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre manda
dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos?’ Então
ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí
fareis os preparativos para nós!”
Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como
Jesus havia dito, e prepararam a Páscoa.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a
bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”.
Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e
todos beberam dele. Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da
aliança, que é derramado em favor de muitos. Em verdade vos digo, não
beberei mais do fruto da videira, até o dia em que beberei o vinho novo no
Reino de Deus”.
Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das
Oliveiras.' Marcos 14,12-16.22-26
'Origem de Corpus Christi:
A celebração de Corpus Christi surgiu em 1243, em Liége, na
Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teve visões de
Cristo mostrando o anseio de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com
destaque. No dia 8 de setembro de 1264, o Papa Urbano IV, por meio da Bula
Papal, "Transiturus de hoc mundo", estendeu a festa para
toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e
textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.
Após o Concílio Vaticano II, pela renovação da Liturgia,
passou a ser comemorada no Domingo depois da Santíssima Trindade, classificada
como Solenidade. No Brasil, a festa foi integrada no calendário religioso de
Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de
Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima.
Milagre Eucarístico
Em 1264 aconteceu o Milagre de Bolsena: um sacerdote
celebrava a Santa Missa e teve dúvidas de que a Consagração fosse algo real, ao
fracionar a Partícula viu sair dela muito sangue, ao ponto de encharcar o
corporal. A relíquia foi levada em procissão a Orvieto em 19 de junho de 1264.
Os corporais que apoiam o cálice e a patena durante a Missa estão conservados,
e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.
Confecção dos Tapetes
A tradição da confecção dos tapetes surgiu
em Portugal e veio para o Brasil com
os colonizadores. O tema principal dos desenhos é a Sagrada
Eucaristia. Eles são feitos de vários materiais, como serragem colorida, borra
de café, farinha, areia, flores e outros.
Procissão do Corpo de Cristo
A procissão da Hóstia consagrada conduzida em um ostensório
é datada de 1274. Para o cortejo acontecer era colocada numa Custódia (com o
objetivo de exibi-la à adoração), e levada pelas ruas, sob o pálio, com orações
e cânticos eucarísticos. No meio do percurso montava-se um altar, faziam
invocações e depois o povo recebia a bênção com o Santíssimo
Sacramento. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina
a necessidade de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. Normalmente
a celebração tem início com a missa, seguida pela procissão pelas ruas da
cidade, que se encerra com a bênção do Santíssimo.
"O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a
vida eterna e, eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é
verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida. O que come a
minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. O que come deste
pão viverá eternamente" (Jo 6, 55 – 59).'
Para outras informações: www.arquidiocesedebrasilia.org.br
Brasília-DF., 04 de junho de 2015
Ana Miranda Bessa
Nenhum comentário:
Postar um comentário