11.8.22

MATEUS 18,21-19,1 - O PERDÃO. PARÁBOLA DO SERVO CRUEL : REFLEXÃO DE ANINHA

 





 

A Igreja celebra a Memória de Santa Clara – Virgem. Clara – Assis, 1193-1253, “seguiu em tudo os passos daquele que por nós se fez pobre e caminho, verdade e vida”. Fiel discípula de São Francisco, fundou com ele a Segunda Ordem – Clarissas.  Exerceu seu múnus de guia e mãe, esmerando-se em dirigir as outras, mais por virtude e santidade de vida, do que por ofício, a fim de que as irmãs obedecessem mais por amor do que por temor. Soube transformar seus longos anos de enfermidade em apostolado do sofrimento. Hauriu de sua fé eucarística a força extraordinária que a fez enfrentar com destemor as incursões dos sarracenos. Liturgia

Participamos, graças a Deus, no Santuário São Francisco de Assis, da santa missa matinal diária. Havia na Sacristia – ora em reforma, uma estampa de Santa Clara que se assemelha a de São Francisco na postura e expressão de seus gestos... Contemplando-a, senti a misericórdia de nosso Deus e Pai ter concedido aos franciscanos um Pai e uma Mãe - Família de Deus, para conduzir os filhos e filhas do Senhor na vida consagrada! A devoção e o amor dos franciscanos à simplicidade, ao acolhimento, fascinam e cativam o mundo inteiro, e verdadeiramente a Família Franciscana exercita e vive o amor, a compaixão, a misericórdia, o perdão, que Jesus quer que todos nós também exercitemos, como nos exorta no Evangelho de hoje, narrado por Mateus:                                                           

                                                    


'Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.’ Mateus 18,21-19,1

Somos feitos à imagem e semelhança de nosso Deus e Pai! Ajuda-nos Pai, na graça e na unção de vosso Espírito Santo para que vejamos em cada face do irmão a vossa face e que nós Senhor, em Cristo, sejamos sempre o reflexo da vossa face. Jesus, inunda o nosso coração com o vosso amor misericordioso. Tenha misericórdia de nós e enche-nos da vossa misericórdia para que ao concedermos o perdão, saibamos pedi-lo também... Senhor, ‘nós queremos amar, nós queremos ser como o Senhor quer’.

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque a Palavra nos ensina que o amor cobre todas as ofensas – Pr 10,12, para que assim procedamos com o irmão porque o vosso amor traz liberdade e perdão, tanto para quem perdoamos, como para nós mesmos! Pai, que este amor seja derramado sobre nós para que a vossa misericórdia se sobreponha sobre nosso julgamento em relação aos irmãos, para que tenhamos a vossa paz e assim caminhemos felizes, porque sabemos que esta é a vossa vontade para nós! Graças, Pai! Glórias e louvores a Vós, Senhor!

Pai Amado, com toda a Igreja nós vos rogamos: ‘Ó Deus, que na vossa misericórdia atraístes Santa Clara ao amor da pobreza, concedei, por sua intercessão, que, seguindo o Cristo com um coração de pobre, vos contemplemos um dia em vosso reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.’ Amém!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, doçura incomparável do amor divino, rogai a Deus por nós e ajuda-nos Mãe a sermos dóceis, para que como Santa Clara, sejamos fecundados do amor de Deus e irradiemos este amor misericordioso onde quer que nós estejamos, amém!

Brasília – DF., 11 de agosto de 2022

  Ana Pinto de Miranda Bessa

           À serviço do Senhor!

Ed: 2016 - revisada

Nenhum comentário:

Postar um comentário