A Igreja celebra a Memória de Santa Clara – Virgem. Clara –
Assis, 1193-1253, “seguiu em tudo os passos daquele que por nós se fez pobre e
caminho, verdade e vida”. Fiel discípula de São Francisco, fundou com ele a
Segunda Ordem – Clarissas. Exerceu seu
múnus de guia e mãe, esmerando-se em dirigir as outras, mais por virtude e
santidade de vida, do que por ofício, a fim de que as irmãs obedecessem mais
por amor do que por temor. Soube transformar seus longos anos de enfermidade em
apostolado do sofrimento. Hauriu de sua fé eucarística a força extraordinária
que a fez enfrentar com destemor as incursões dos sarracenos. Liturgia
Participamos, graças a Deus, no Santuário São Francisco de Assis, da santa missa matinal diária. Havia na Sacristia – ora em reforma, uma estampa de Santa Clara que se assemelha a de São Francisco na postura e expressão de seus gestos... Contemplando-a, senti a misericórdia de nosso Deus e Pai ter concedido aos franciscanos um Pai e uma Mãe - Família de Deus, para conduzir os filhos e filhas do Senhor na vida consagrada! A devoção e o amor dos franciscanos à simplicidade, ao acolhimento, fascinam e cativam o mundo inteiro, e verdadeiramente a Família Franciscana exercita e vive o amor, a compaixão, a misericórdia, o perdão, que Jesus quer que todos nós também exercitemos, como nos exorta no Evangelho de hoje, narrado por Mateus:
'Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes
devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não
te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é
como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou
o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado
não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo,
junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um
prazo! e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o
empregado e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um
dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou
a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos seus
pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. Mas o empregado não quis
saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.
Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes,
procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe
disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me
suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu
tive compaixão de ti?’ O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até
que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará
convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. Ao terminar estes
discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do
Jordão.’ Mateus 18,21-19,1
Somos feitos à imagem e semelhança de nosso Deus e Pai!
Ajuda-nos Pai, na graça e na unção de vosso Espírito Santo para que vejamos em
cada face do irmão a vossa face e que nós Senhor, em Cristo, sejamos sempre o
reflexo da vossa face. Jesus, inunda o nosso coração com o vosso amor
misericordioso. Tenha misericórdia de nós e enche-nos da vossa misericórdia
para que ao concedermos o perdão, saibamos pedi-lo também... Senhor, ‘nós
queremos amar, nós queremos ser como o Senhor quer’.
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque a Palavra
nos ensina que o amor cobre todas as ofensas – Pr 10,12, para que assim
procedamos com o irmão porque o vosso amor traz liberdade e perdão, tanto para
quem perdoamos, como para nós mesmos! Pai, que este amor seja derramado sobre
nós para que a vossa misericórdia se sobreponha sobre nosso julgamento em
relação aos irmãos, para que tenhamos a vossa paz e assim caminhemos felizes,
porque sabemos que esta é a vossa vontade para nós! Graças, Pai! Glórias e
louvores a Vós, Senhor!
Pai Amado, com toda a Igreja nós vos rogamos: ‘Ó Deus, que
na vossa misericórdia atraístes Santa Clara ao amor da pobreza, concedei, por
sua intercessão, que, seguindo o Cristo com um coração de pobre, vos
contemplemos um dia em vosso reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade do Espírito Santo.’ Amém!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, doçura incomparável do amor divino, rogai a
Deus por nós e ajuda-nos Mãe a sermos dóceis, para que como Santa Clara,
sejamos fecundados do amor de Deus e irradiemos este amor misericordioso onde
quer que nós estejamos, amém!
Brasília – DF., 11 de agosto de 2022
Ana Pinto de
Miranda Bessa
À serviço
do Senhor!
Ed: 2016 - revisada
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