1.8.22

MATEUS 14,13-21 - PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES : REFLEXÃO DE ANINHA

 





 

A Igreja celebra a Memória de Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja. Afonso -1696-1787, já advogado no foro de Nápoles, deixou a toga pela vida eclesiástica. Bispo de Santa Ágata dos Godos – 1762-1775 e fundador dos Redentoristas – 1732, empenhou-se, com grande zelo, nas missões para o povo; dedicou-se aos pobres e aos doentes; foi mestre de ciências morais – para as quais se inspirou em critérios de prudência pastoral, fundada na procura sincera e objetiva da verdade -, sensível, porém, às necessidades e às situações das consciências. Compôs escritos ascéticos de grande repercussão. Apóstolo do culto à Eucaristia e à Virgem Maria, levou os fiéis à meditação dos novíssimos, à oração e à vida sacramental. Liturgia

Caríssimos, caminhamos dia-dia independentemente das nossas alegrias e tristezas, mas quando encontramos pessoas que estão sofrendo e ficamos sabendo que os seus sofrimentos e as suas dores são maiores que as nossas, é como um ânimo novo dado por nosso Deus e Pai para nos fortalecer naquilo que estamos a vivenciar. Depreende-se desta constatação que há necessidade de um encontro, de um olhar - olho no olho -, um cumprimento, um abraço afetuoso, porque sem encontrarmos as pessoas e sem nos deixarmos encontrar por elas, como poderemos compartilhar os acontecimentos das nossas vidas? Fomos feitos para viver em famílias e em comunidades onde o compartilhar está implícito em todas as formas e onde nós nos abrimos para o outro, que se abre para nós; mas, muitas vezes ficamos tão envolvidos com o que fazemos que nem vemos as horas passarem, e assim penso, aconteceu com Jesus, como nos narra Mateus:                                                    


'Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus, porém, lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”.'   Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.' Mt 14,13-21

Diz-nos a Igreja que ‘O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a benção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia – Mt 15,32-39’. O sinal da água transformada em vinho em Caná – Jo 2,11 já anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a realização da ceia das bodas no reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho novo – Mc 14,25, transformado no Sangue de Cristo’. CIC 1335

A história de nossa salvação tem muitos acontecimentos onde o Senhor sacia a fome dos seus filhos amados: os israelitas no deserto – Ex 16, 1.15; Sb 16,20; Elias, a viúva e seu filho em de Sarepta - 1 Rs 17,7; Daniel, na cova dos leões – Dn 14, 34... Minha avó materna Maria José Cebalho, no início do século XX, morava na roça, com o rio passando próximo da casa, na fronteira de Cáceres-Mt com a Bolívia. Em um dia de muita chuva, e não tinha como sair de casa, informada pela filha mais velha que não tinha carne para o almoço, ela profetizou: " ... do Céu, Deus mandará... “, e Deus mandou! Escutando algo batendo insistentemente na porta e ao abri-la lentamente porque a chuva era intensa, lá estava um Matrinxã - peixe de escamas -, que à família toda alimentou... Maravilha de Nosso Deus e Pai!

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque Jesus nos convida a compartilharmos os nossos dons e bens porque tudo que somos, temos e amamos, procedem do Senhor; que as sementes que espalhamos deem muitos frutos, frutos de paz, de amor, de amizade, de solidariedade, fraternidade, porque Vós, ó Pai, fizestes este mundo para todos!  Lembrei-me da letra de uma música de Ofertas do Padre Zezinho que diz: “Daqui do meu lugar, eu olho o teu altar, e fico a imaginar aquele pão, aquela refeição. Partiste aquele pão e o deste aos teus irmãos, criaste a religião do pão do céu, do pão que vem do céu. Somos a Igreja do pão, do pão repartido e do abraço e da paz.” Graças, Pai! Glórias e louvores a Vós, Senhor!

Pai Amado, com toda a Igreja nós vos louvamos: ‘Ó Deus, que suscitais continuamente em vossa Igreja novos exemplos de virtude, dai-nos seguir de tal modo os passos do Bispo Santo Afonso Maria, no zelo pela salvação de todos, que alcancemos com ele a recompensa celeste. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo’. Amém!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós Mãe para que espalhemos e compartilhemos o Amor que Ele nos dá, onde quer que nós estejamos, porque ‘onde há Amor, aí Deus está’! Amém!

Brasília-DF., 1º de agosto de 2022

    Ana Pinto de Miranda Bessa

        À serviço do Senhor!

 

Ed: 03.08.2015 - revisada


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