A Igreja celebra a Memória de Santo Afonso Maria de Ligório,
Bispo e Doutor da Igreja. Afonso -1696-1787, já advogado no foro de Nápoles,
deixou a toga pela vida eclesiástica. Bispo de Santa Ágata dos Godos –
1762-1775 e fundador dos Redentoristas – 1732, empenhou-se, com grande zelo,
nas missões para o povo; dedicou-se aos pobres e aos doentes; foi mestre de
ciências morais – para as quais se inspirou em critérios de prudência pastoral,
fundada na procura sincera e objetiva da verdade -, sensível, porém, às
necessidades e às situações das consciências. Compôs escritos ascéticos de
grande repercussão. Apóstolo do culto à Eucaristia e à Virgem Maria, levou os
fiéis à meditação dos novíssimos, à oração e à vida sacramental. Liturgia
Caríssimos, caminhamos dia-dia independentemente das nossas alegrias e tristezas, mas quando encontramos pessoas que estão sofrendo e ficamos sabendo que os seus sofrimentos e as suas dores são maiores que as nossas, é como um ânimo novo dado por nosso Deus e Pai para nos fortalecer naquilo que estamos a vivenciar. Depreende-se desta constatação que há necessidade de um encontro, de um olhar - olho no olho -, um cumprimento, um abraço afetuoso, porque sem encontrarmos as pessoas e sem nos deixarmos encontrar por elas, como poderemos compartilhar os acontecimentos das nossas vidas? Fomos feitos para viver em famílias e em comunidades onde o compartilhar está implícito em todas as formas e onde nós nos abrimos para o outro, que se abre para nós; mas, muitas vezes ficamos tão envolvidos com o que fazemos que nem vemos as horas passarem, e assim penso, aconteceu com Jesus, como nos narra Mateus:
'Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista,
Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas quando as
multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair da
barca, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou
os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e
disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as
multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus, porém, lhes
disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os
discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse:
“Trazei-os aqui”.' Jesus mandou que as multidões se sentassem na
grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e
pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos. Os
discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos, e
dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam
comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.' Mt
14,13-21
Diz-nos a Igreja que ‘O milagre da multiplicação dos pães,
quando o Senhor proferiu a benção, partiu e distribuiu os pães a seus
discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único
pão de sua Eucaristia – Mt 15,32-39’. O sinal da água transformada em vinho em
Caná – Jo 2,11 já anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a
realização da ceia das bodas no reino do Pai, onde os fiéis beberão o vinho
novo – Mc 14,25, transformado no Sangue de Cristo’. CIC 1335
A história de nossa salvação tem muitos acontecimentos onde
o Senhor sacia a fome dos seus filhos amados: os israelitas no deserto – Ex 16,
1.15; Sb 16,20; Elias, a viúva e seu filho em de Sarepta - 1 Rs 17,7; Daniel,
na cova dos leões – Dn 14, 34... Minha avó materna Maria José Cebalho, no
início do século XX, morava na roça, com o rio passando próximo da casa, na
fronteira de Cáceres-Mt com a Bolívia. Em um dia de muita chuva, e não tinha
como sair de casa, informada pela filha mais velha que não tinha carne para o almoço,
ela profetizou: " ... do Céu, Deus mandará... “, e Deus mandou! Escutando
algo batendo insistentemente na porta e ao abri-la lentamente porque a chuva
era intensa, lá estava um Matrinxã - peixe de escamas -, que à família
toda alimentou... Maravilha de Nosso Deus e Pai!
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus,
graças Pai porque Jesus nos convida a compartilharmos os nossos dons e bens
porque tudo que somos, temos e amamos, procedem do Senhor; que as sementes que
espalhamos deem muitos frutos, frutos de paz, de amor, de amizade, de
solidariedade, fraternidade, porque Vós, ó Pai, fizestes este mundo para todos! Lembrei-me da letra de uma música de Ofertas
do Padre Zezinho que diz: “Daqui do meu lugar, eu olho o teu altar, e fico a
imaginar aquele pão, aquela refeição. Partiste aquele pão e o deste aos teus
irmãos, criaste a religião do pão do céu, do pão que vem do céu. Somos a
Igreja do pão, do pão repartido e do abraço e da paz.” Graças, Pai! Glórias e
louvores a Vós, Senhor!
Pai Amado, com toda a Igreja nós vos louvamos: ‘Ó Deus, que
suscitais continuamente em vossa Igreja novos exemplos de virtude, dai-nos
seguir de tal modo os passos do Bispo Santo Afonso Maria, no zelo pela salvação
de todos, que alcancemos com ele a recompensa celeste. Por nosso Senhor Jesus
Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo’. Amém!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós Mãe
para que espalhemos e compartilhemos o Amor que Ele nos dá, onde quer que nós
estejamos, porque ‘onde há Amor, aí Deus está’! Amém!
Brasília-DF., 1º de agosto de 2022
Ana Pinto de
Miranda Bessa
À serviço do
Senhor!
Ed: 03.08.2015 - revisada
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