'Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e
perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim?
Até sete vezes?” Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até
setenta vezes sete.’
Mt 18,21-22
Diz-nos a Igreja do Senhor: ‘ Não há pecado algum, por mais
grave que seja, que a Santa Igreja não possa perdoar. “ Não existe ninguém, por
mau e culpado que seja, que não deva esperar com segurança o seu perdão, desde
que o seu arrependimento seja sincero . Cristo, que morreu por todos os homens,
quer que, na sua Igreja, as portas do perdão estejam sempre abertas a todo
aquele que recua do pecado – Mt 18,21-22. CIC 982’
E continua Jesus: Porque o Reino dos Céus é como
um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando
começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão
mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o
que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés
do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei
tudo’. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e
perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos
seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a
sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um
prazo! e eu te pagarei’. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e
mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia
acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e
lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado
perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não
devias, tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de
ti?’
'O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado
aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que
está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu
irmão”. Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o
território da Judeia além do Jordão.' Mt 18,23-35.19,1
Esclarece-nos a Igreja : ‘...Devemos participar, de forma
vital e do ‘fundo do coração’, na Santidade , na Misericórdia, no Amor de nosso
Deus. Só o Espírito que é ‘nossa Vida’ – Gl 2,25 pode fazer ‘nossos’ os mesmos
sentimentos que teve Cristo Jesus – Fl 2,1.5. Então torna-se possível a unidade
do perdão, “perdoando-nos mutuamente ‘como’ Deus em Cristo nos perdoou” –
Ef,4,32. CIC 2842’
‘Assim adquirem vida as palavras do Senhor sobre o perdão,
esse Amor que ama até o extremo do amor – Jo 13,1. A parábola do servo
desumano, que coroa o ensinamento do Senhor sobre a comunhão eclesial –
Mt 18,23-35, termina com esta palavra:
” Eis como meu Pai celeste agirá convosco, se cada um de vós não
perdoar, de coração, ao seu irmão”. Com efeito, é “no fundo do coração” que
tudo se faz e se desfaz. Não está em nosso poder não mais sentir e esquecer a
ofensa; mas o coração que se entrega ao Espírito Santo transforma a ferida em
compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão. CIC 2843
Pai Santo, Pai amado, diante da Palavra de vida eterna de
Jesus vosso amado Filho, o Senhor nos enche de fé , de esperança, de compaixão, de misericórdia!
O Senhor nos anima, nos dá força e
coragem, porque sabemos que o Senhor tem
os vossos olhos sobre nós o tempo todo! O Senhor nos vê, nos ouve, nos conhece
profundamente...
Até nossos fios de cabelo estão contados... – Mt 10,30. Ó Pai
Santo, sois bom e clemente, fica conosco Senhor para que façamos sempre a vossa
vontade, perdoando-nos mutuamente do fundo do nosso coração, para que assim
construamos a Paz sonhada pelo Nosso Deus e Pai , em Cristo Jesus, amém!!!
Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós!
Brasília-DF., 13 de agosto de 2015
Ana Miranda Bessa
Nenhum comentário:
Postar um comentário