14.3.20

LUCAS 15,1-3.11-32 - PARÁBOLA DO PAI E SEUS DOIS FILHOS : REFLEXÃO DE ANINHA




O amor de nosso Deus é infinito e abraça a todos nós suas criaturas; e, como Pai bondoso, compassivo e misericordioso que é, Ele respeita a nossa vontade, mas quando percebemos que erramos naquilo que fizemos segundo a nossa vontade e voltamos para Ele, confessando que estamos arrependidos, Ele nos acolhe e nos abraça... E, a Lei do Talião: olho por olho... – Mt 5,38 cai por terra, para reinar a bondade e a misericórdia do Pai – Mt 5,42-45!

Caríssimos, sabemos que a severidade da Lei fazia parte do dia a dia dos contemporâneos de Jesus e aliada ao obscurantismo da vaidade, do orgulho e da inveja dos mesmos, que não conseguiam realizar os milagres, curas e prodígios que Jesus operava junto ao povo pobre e sofredor, 
necessitado de saúde, de amor, de pão e de paz, não entenderam que em Jesus, se fazem novas todas as coisas – 2Cor 5,17; Ap 21,5 e onde passa a prevalecer, o amor, a misericórdia , o perdão – segundo a vontade do Pai, como nos relata Lucas no Evangelho de hoje: 
                                              


'Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. Então Jesus contou-lhes esta parábola: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome’. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”'. Lucas 15,1-3.11-32

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque ‘estás sempre disposto a nos perdoar quando reconhecemos humildemente as nossas faltas, os nossos pecados e a nossa necessidade dos vossos dons e da vossa graça’, o Senhor nos aceita e acolhe, devolvendo-nos a dignidade de filhos amados... Graças, Pai! Glórias e louvores a vós, Senhor!

Pai Amado, com toda a Igreja nós vos rogamos: ‘Ó Deus, que pelos exercícios da Quaresma já nos dais na terra participar dos bens do céu, guiai-nos de tal modo nesta vida, que possamos chegar à luz em que habitais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo’. Amém

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e caminha conosco Mãe para que sejamos misericordiosos com todos aqueles que vêm ao nosso encontro em busca de auxílio, ajuda, conforto e consolo, acolhendo-os com o mesmo amor com o qual o Pai nos acolhe! Amém!

Brasília-DF., 14 de março de 2020
   Ana Pinto de Miranda Bessa

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