'Neste domingo, a Igreja no Brasil, celebra a solenidade dos
apóstolos São Pedro e São Paulo. São Pedro foi chamado por Jesus, às margens do
lago de Genezaré e São Paulo foi apanhado por Cristo, quando ia para Damasco
perseguir os cristãos.
São Pedro foi aquele ao qual Jesus deu a missão de confirmar os irmãos na fé. No Evangelho de hoje (Mt 16,13–19), Jesus pergunta para os discípulos: "Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?" A resposta mostra que o povo tinha uma concepção alta de Jesus, pensam que ele é um grande profeta. Uns pensam que seja João Batista, outros Elias, outros Jeremias e outros ainda, algum dos profetas. E agora, Jesus pergunta aos discípulos: E vós, quem dizeis que eu sou? E Pedro responde: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” Mt 16, 16). Pedro responde que Jesus era aquele que o Antigo Testamento esperava, era o Messias. Mas vai além, diz que Jesus é o Filho do Deus vivo. Afirma que Jesus é Deus. Tanto que Jesus dirá: “Não foi carne ou sangue que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu” (Mt 16,17). Não foi nenhum ser humano que revelou para Pedro que Jesus é o Filho de Deus, mas foi o Pai do Céu. Este salto na compreensão do mistério de Cristo só poderia ser obra de Deus. A fé é dom de Deus. Só Deus pode nos fazer entrar no coração do mistério. Pedro entrou no coração do mistério quando afirma que Jesus é o Filho de Deus.
Jesus dá a missão a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la” (Mt 16,18). Jesus muda o seu nome. No mundo bíblico e semita, mudar o nome implica
mudança de destino e da realidade da pessoa. Pedro torna, agora, a rocha
sobre a qual Jesus coloca as bases para a edificação da Igreja. A Igreja é de
Jesus Cristo, mas há um paralelismo entre Jesus e Pedro: “a função de Jesus
Cristo, com relação à Igreja, é participada por Pedro” (Gianfranco
Ravasi, Celebrare e Vivere La Parola, 281). Esta é a única vez que aparece
o termo Igreja nos Evangelhos. A Igreja permanece de Jesus, mas na sua caminhada
terrena, é confiada a Pedro. Jesus promete a sua assistência constante à
sua Igreja (Mt 28, 20). Por isso, as portas do inferno (expressão para indicar
o império do mal), não prevalecerá sobre a Igreja. A Igreja possui um centro de
unidade visível no apóstolo Pedro e nos seus sucessores, o papa, que é
expressão da presença sobrenatural do Senhor.
Do apóstolo Paulo, devemos ater-nos ao seu testamento
confiado a Timóteo, na segunda leitura. Homem que desgastou a vida no anúncio e
testemunho de Jesus Cristo. Por isso, chega ao fim da vida com a consciência do
dever cumprido.
Neste domingo, celebramos o Dia do Papa. Somos chamados a
renovar a nossa adesão ao sucessor de Pedro, Papa Francisco. E renovemos,
também, nosso amor para com Jesus Cristo e o anúncio do seu Evangelho, como nos
inspira São Paulo.'
PALAVRA DO PASTOR
SOLENIDADE DE
SÃO PEDRO E SÃO PAULO
Dom Paulo Cezar Costa
Arcebispo de Brasília – DF.
Em, 04 de julho
de 2021
Ana Pinto de Miranda
Bessa
À serviço do Senhor!
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