22.1.17

PREGAÇÃO DE JESUS NA GALILEIA. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS - MATEUS 4,12-23 : " A QUEM SEGUIMOS! - REFLEXÃO DO PASTOR






'A quem estamos seguindo? A resposta a esta pergunta é dada pela nossa vida. O nosso modo de pensar e viver indica em quem, de fato, acreditamos, e a quem seguimos. Há ídolos que pretendem ocupar o lugar de Jesus na nossa vida, dirigindo os nossos passos. O Evangelho nos convida a seguir a Cristo, imitando os seus primeiros discípulos.
                                             



A palavra de Jesus “sigam-me” dirige-se também a nós. A narrativa de Mateus ressalta o plural “sigam-me”, fazendo-nos pensar na importância de seguir a Jesus juntos, aceitando fazer parte do grupo dos discípulos, isto é, da comunidade dos que vivem da fé em Cristo, a Igreja. Embora a resposta ao chamado seja pessoal, nós seguimos a Jesus Cristo juntos, como discípulos em comunhão. Na segunda leitura, São Paulo destaca justamente a unidade que deve reinar na comunidade cristã, exortando os coríntios a “não admitir divisões” entre eles, mas a serem “bem unidos e concordes no pensar e no falar” (1 Cor 1,10). O testemunho de comunhão, a ser dado sempre mais pela comunidade, pode ajudar muito a despertar e a animar outras pessoas a seguirem Jesus. Na comunidade, alimentamos o nosso discipulado com a Palavra, a Eucaristia e a vida fraterna.

A acolhida sincera do Evangelho de Jesus é acompanhada da conversão, da mudança de vida. O Evangelho proclamado se abre com o anúncio sobre o cumprimento da profecia de Isaías em Jesus Cristo: “o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz” (Mt 4,16). O discípulo faz parte deste novo povo que vence as trevas e caminha na luz de Cristo, o que exige a atitude permanente de conversão, conforme as palavras de Jesus: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4,17). A conversão implica em mudança de mentalidade e de rota para retornar a Deus. Entretanto, o discipulado não se reduz a deixar pecados; inclui também a renúncia de bens, conforme a atitude dos discípulos que deixaram redes, barca e família.

O verdadeiro discípulo torna-se também um missionário, partilhando com os outros o dom recebido. Os discípulos passaram a seguir Jesus que “andava por toda a Galileia”, anunciando o Evangelho e indo ao encontro dos enfermos e sofredores (Mt 4,23). O discípulo não pode viver fechado sobre si. Os diversos grupos de pastorais e movimentos, na Igreja, não podem viver para si.'


          PALAVRA DO PASTOR
                 A QUEM SEGUIMOS!
                Dom Sergio da Rocha
        Cardeal Arcebispo de Brasília-DF.

Em, 22 de janeiro de 2017
Ana Miranda Bessa

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