Jesus foi enviado por nosso Deus e Pai para nos resgatar e reconciliar com ele – 1Pd 1,19; 2Cor 5,18. A adesão e admiração de muitas pessoas que foram beneficiadas por ele ou que reconheceram o seu poder através dos sinais e prodígios junto às multidões, suscitou entre os sumos sacerdotes e os fariseus o entendimento de uma possível revolta política liderada por ele – Lc 23,2, que implicaria, segundo aqueles, uma reação desfavorável de Roma e assim se determinou em Conselho, matarem Jesus, como nos narra João no evangelho de hoje:
'Naquele tempo, muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: “O que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação”.
Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no templo, comentavam entre si: “O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”' João 11,45-56.
Vimos nestes dias, como Jesus não se deixava ser pego.... Foi com seus apóstolos para Efraim, porque sendo uno com o Pai – Jo 10,30, se entregaria na hora certa aos seus algozes – Jo 7,30, e diz-nos a Igreja que “ ... O Sinédrio, depois de declarar Jesus “passível de morte” – Mt 26,66 enquanto na qualidade de blasfemador, mas tendo perdido o direito de pô-lo à morte – Jo 18,31, entrega Jesus aos romanos acusando-o de revolta política – Lc 23,2, o que colocará Jesus no mesmo pé que Barrabás, acusado de “sedição – Lc 23,19. São também ameaças políticas que os chefes dos sacerdotes fazem a Pilatos para que condene Jesus à morte – Jo 19,12.15.21. CIC 596.
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, verdadeiramente Jesus veio para as pessoas de coração simples e humilde, revelando-se a elas porque assim aprouve a vós, ó Pai - Lc 10,21; Jesus, também, é manso e humilde de coração – Mt 11,28, e muita gente do campo, identificando-se com ele o procurava para estar com ele, porque ele acolhia a todos, indistintamente, assim como nos acolhe quando o buscamos em nossas necessidades e tribulações – Jo 16,33! Graças, Pai! Glórias e louvores a vós, Senhor!
Pai Amado, na unção de vosso Espírito Santo, criai em nós um coração que seja puro para acolhermos Jesus e a sua palavra! Ajuda-nos Pai, a sermos misericordiosos, fraternos, solidários, a vivermos em harmonia uns com os outros e como Jesus, que 'de seu trono, a cruz, reuniu todos para si', reconcilie-nos convosco para que amemo-nos uns aos outros, como ele nos amou! Amém!
Santa Maria Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e ajuda-nos Mãe na prática do ‘ecumenismo e na disposição para o diálogo inter-religioso’, amém!
Brasília-DF., 24 de março de 2018
Ana Miranda Bessa
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