26.3.18

JOÃO 12,1-11 - A UNÇÃO DE BETÂNIA : REFLEXÃO DE ANINHA








Tenho observado que os presentes que recebemos de pessoas conhecidas e que têm possibilidade financeira representativa, podem, regra geral, demonstrar o grau de afeição, amizade, reconhecimento que nutrem para conosco...

No evangelho de hoje, ‘o gesto profético de Maria para com Jesus, perfumando o ambiente com o aroma do amor’ - porque muito amava, incomodou aquele que depois o trairia – Jo 13,21s.

Jesus, a todos, dispensava cordial atenção e de forma elegante, justificou ao crítico Judas, a atitude de Maria para com ele, como nos narra João no evangelho de hoje:

'Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele havia ressuscitado dos mortos. Ali ofereceram a Jesus um jantar; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Maria, tomando quase meio litro de perfume de nardo puro e muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo. Então falou Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar: “Por que não se vendeu este perfume por trezentas moedas de prata, para as dar aos pobres?” Judas falou assim não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão; ele tomava conta da bolsa comum e roubava o que se depositava nela.

                                       


 Jesus, porém, disse: “Deixa-a; ela fez isto em vista do dia de minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco, enquanto a mim, nem sempre me tereis”. Muitos judeus, tendo sabido que Jesus estava em Betânia, foram para lá, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Jesus havia ressuscitado dos mortos. Então os sumos sacerdotes decidiram matar também Lázaro, porque, por causa dele, muitos deixavam os judeus e acreditavam em Jesus.' João 12,1-11. 

Diz-nos a Igreja quanto a aparente e demagógica preocupação de Judas com os pobres, que ‘Já no Antigo Testamento, todas as medidas jurídicas (ano de perdão, proibição de empréstimo a juros e da manutenção de penhora, obrigação do dízimo, pagamento pontual ao trabalhador diarista, direito de rebusca nas vinhas e respiga nos campos) são uma resposta à exortação do Deuteronômio: “Nuca deixará de haver pobres na terra; é por isso que eu te ordeno: abre a mão em favor de teu irmão, de teu humilde e de teu pobre em tua terra” - Dt 15,11. Jesus faz suas essas palavras: “Sempre tereis pobres convosco; mas a mim nem sempre tereis” – Jo 12,8. Dessa forma ele não deixa caducar a veemência dos oráculos antigos: “Para comprarmos o fraco com prata e o indigente por um par de sandálias...” – Am 8,6, mas ele nos convida a reconhecer sua presença nos pobres, que são seus irmãos – Mt 25,40.’ CIC 2449.

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque Jesus vai preparando os corações dos seus discípulos e amigos para a sua paixão e morte na cruz, mistério profundo do vosso amor para conosco e que a vossa Igreja – Mt 16,18 faz memória para as atuais e novas gerações! Graças, Pai! Glórias e louvores a vós, Senhor!

Pai Amado, na unção de vosso Espírito Santo, infunde em nós o reconhecimento e a gratidão sincera aos irmãos que contribuíram para o nosso crescimento e desenvolvimento na fé! Ajuda-nos Pai a sermos compassivos, caridosos, prestativos também para com as necessidades dos mais pobres - Lc 6,20;16,19s, porque deles, é o vosso Reino de Amor! Amém!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós para que sejamos sinceros, amorosos, generosos, solidários, fraternos... Ajuda-nos Mãe, a vivermos harmoniosamente em comunidade, ajudando-nos mutuamente, amém!

Brasília-DF, 26 de março de 2018
            Ana Miranda Bessa


                               

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