'Neste Domingo vibramos na feliz esperança da ressurreição e
da participação no Banquete do Cordeiro. No seu grande apocalipse, Isaías
anuncia que o Senhor dos exércitos, após o juízo sobre a humanidade infiel à
antiga aliança, preparará “para todos os povos, um banquete de ricas iguarias,
regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos”
(Is 25,6), libertando-os de toda cadeia. Este banquete é prefiguração da
Eucaristia e do Banquete escatológico antecipado na história pela mesma
Eucaristia.
Esta promessa escatológica não nos livra das dificuldades da vida presente. Na segunda Leitura, São Paulo confidencia: “Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou sofrendo necessidade. Tudo posso naquele que me dá forças” (Flp 4,12-13). Cheio de gratidão, ele glorifica o Deus providente, que o sustém pelas mãos generosas dos irmãos, e nos conforta na esperança da vida eterna.
Ao dar este banquete, “o Senhor Deus eliminará para sempre
a morte, e enxugará as lágrimas de todas as faces” (Is 25,8). Paulo aludirá a
esta promessa afirmando que a ressurreição de Cristo comportou a vitória
definitiva sobre a morte (cf. 1Cor 15,54-55). João dela se lembrará ao anunciar
a salvação que o Cordeiro morto e ressuscitado trará, enxugando toda lágrima e
destruindo a morte, a dor e todo pranto (cf. Ap 21,4 e 7,17). Ao pedir que Deus
receba os mortos no Seu Reino, a Igreja assume esta esperança: “Unidos a eles,
esperamos também nós saciar-nos eternamente da vossa glória, quando enxugardes
toda lágrima dos nossos olhos. Então, contemplando-vos como sois, seremos para
sempre semelhantes a vós e cantaremos sem cessar os vossos louvores” (Oração
Eucarística III).
A primeira Leitura exalta justamente a fidelidade de Deus à
Sua promessa. O Evangelho (Mt 22,1-14), contudo, nos faz refletir sobre a
exigência de uma adequada resposta humana: “Amigo, como entraste aqui sem o
traje de festa?” (v.8). Da parte de Deus tudo está dado. A nossa
correspondência, porém, será fruto da experiência exigente da caridade, a veste
nupcial. “Ninguém – diz são Jose Maria – é excluído da salvação, se
livremente abre as portas às amorosas exigências de Cristo” (É Cristo que
passa, 180). Para saborear as ricas iguarias e os vinhos mais finos é preciso
afastar o coração de tudo o que afasta de Deus.
Bento XVI assim conclui uma meditação sobre esta Parábola
do Evangelho de Mateus: “Todos nós somos convidados a ser comensais do Senhor,
a entrar com fé no seu banquete, mas devemos vestir e guardar o hábito nupcial,
a caridade, viver um profundo amor a Deus e ao próximo” (Homilia, 9.X.2011).
A Igreja missionária anuncia a alegria e a esperança do
Evangelho pelas ruas e encruzilhadas das nossas cidades, convidando todos ao
Banquete do Reino.'
PALAVRA DO PASTOR
A FESTA DO CASAMENTO ESTÁ PRONTA
Dom
José Aparecido Gonçalves de Almeida
Bispo Auxiliar de Brasília – DF.
Em, 11 de outubro de
2020
Ana Pinto de Miranda Bessa
À serviço do
Senhor!
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