Receber, acolher bem as pessoas é um princípio divino que me faz lembrar a história do encontro de Deus e os Anjos com Abraão sob o Carvalho de Mambré... Abraão oferece água para lavarem os pés, e pães e lhes serviu também coalhada, leite e carne de vitelo... e eles comeram – Gn 18,1-8.
A multidão procurava estar com Jesus, porque ele curava os doentes ... Jesus se preocupava também com a alimentação de tantas pessoas que foram ao seu encontro, como nos narra João no evangelho de hoje:
'Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”.
Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!”
Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. João 6,1-15.
Como lemos acima, Abraão se encontrava em sua casa e dispunha de todos os recursos para acolher bem os três visitantes... Jesus, no evangelho de hoje, encontrava-se distante do povoado, tinha a graça e o poder em Deus para transformar e multiplicar pães e peixes para a multidão que o rodeava; 'lançou um desafio...'; aceitou a oferta de um menino, deu graças e esta se multiplicou, alimentou a todos e ainda sobrou...
Caríssimos, a partilha é agradável ao Senhor nosso Deus e Pai, não só dos nossos bens, mas do nosso serviço; Ele os multiplica ao cêntuplo, aos milhares, como fez Jesus com os pães e peixes, e como o Senhor fez à Abraão, que em idade avançada ele e Sara sua mulher, concedeu-lhes descendente; 'os cumulou de bençãos, dando-lhes uma posteridade quanto as estrelas do céu e quanto a areia que está na praia do mar... Gn 18,9-15; 22,17s! Assim também faz o Senhor em nossas vidas e na vida dos nossos familiares, e de todos aqueles que Nele esperam, quando nos abrimos ao seu amor e à sua graça!
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque em Jesus o Senhor perdoa os nossos pecados e cura as nossas enfermidades – Sl 103,3, e o Senhor se revela a todos que vos buscam e vos acolhem com coração simples e generoso, graças, Senhor!
Pai Amado, ajuda-nos Senhor na força de vosso Espírito Santo a acolhermos os irmãos necessitados, devolvendo-lhes a dignidade, porque em assim fazendo, estamos acolhendo o próprio Jesus – Mt 25,31s. Pai, ajuda-nos a considerarmos ‘tudo o que temos como se estivesse a nosso serviço’, dando graças em todo tempo e lugar, para compartilharmos com quem mais precise, porque tudo procede do Senhor! Ajuda-nos, ó Pai, a sermos solidários, fraternos e misericordiosos, como o Senhor é misericordioso para conosco, amém!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa rogai a Deus por nós e por todos aqueles ‘que se empenham para erradicar a fome no Brasil e no mundo’, amém!
Brasília-DF., 28 de abril de 2017
Ana Miranda Bessa
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