Na semana passada meditamos o evangelho narrado por Mateus 5,20-26 onde dentre outros, Jesus nos admoesta a reconciliarmo-nos com o irmão, nos ensina o caminho da humildade, da tolerância e do perdão para que vivamos em harmonia com Deus e com os irmãos...
O reconhecer-se devedor de algo ao irmão, como um empréstimo concedido, um trabalho contratado - por exemplo, e quando as dificuldades da vida nos impedem de pagar ou devolver, concluir, terminar, suscita no credor um grande constrangimento, apreensão, incerteza, porque o devedor não se manifesta, não justifica as razões de seu comportamento nada ortodoxo para a quitação da dívida ou do serviço contratado no prazo combinado...
Também o ignorar, humilhar, desdenhar as pessoas, pode suscitar nestas, angústias e sofrimentos, e quando isso tudo acontece conosco, sentimo-nos rejeitados e a rejeição machuca muito.... Tanto um ou outro comportamento, mesmo não sendo intencional, de nós para as pessoas ou destas para conosco, devemos procurar umas as outras para uma reconciliação.... E um simples diálogo, seria tão mais simples, cortês, honesto, do que ficarmos cultivando mágoas, ressentimentos ...
Caríssimos, como filhos amados de nosso Deus e Pai, sejamos sinceros uns com os outros; diante do irmão, encaremos as coisas de frente, sem vergonha, sem orgulho, sem mentiras, nem omissões .... Procuremos de ambos os lados viver de forma harmoniosa para perdoarmo-nos mutuamente, como o Pai nos perdoa e como Jesus nos ensina no evangelho de hoje narrado por Mateus:
'Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: 'Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?' Jesus respondeu: 'Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.' Mateus 18,21-35.
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, abençoa-nos Senhor com a vossa luz e graça e ajuda-nos Pai a reconhecermos as nossas faltas, reconciliando-nos com os irmãos para não sermos causa de constrangimento e sofrimento para com eles....
Pai Amado, ajuda-nos Senhor a sermos misericordiosos, não guardando raiva nem rancor pela atitude pouco elegante do irmão que nos machucou ou que não tenha sido fiel conosco naquilo que propôs e que não cumpriu... Ajuda-nos Pai para que de coração aberto e receptivo, possamos ir ao encontro do irmão que falhou conosco, ou que falhamos com ele e buscar a reconciliação e o perdão através de uma conversa sincera, cordial, amiga, porque isso é muito bom, vos é agradável e nos aproxima de vós! Amém!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e ajuda-nos Mãe a vivenciarmos e a praticarmos a solidariedade, ‘o amor, a compaixão e a reconciliação’, amém!
Brasília-DF., 21 de março de 2017
Ana Miranda Bessa
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