27.2.16

O FILHO PERDIDO E REENCONTRADO - LUCAS 15,1-3.11-32 - REFLEXÃO DIÁRIA












Nosso Deus e Pai que tudo criou, fê-lo determinando através do verbo agir: “Haja...”. Mas, ao criar o homem Deus disse: “Façamos o homem a nossa imagem, como nossa semelhança...”, para dizer-nos que ele não estava só, e em seguida estruturou a família humana, para que como ele, nós, seus filhos amados, vivamos em unidade uns com os outros. Gn 1.

Quando meu pai faleceu, eu estava com quatro anos de idade e minha mãe não quis se casar novamente... Morávamos em Cuiabá-MT. Depois de casada, eu mudei para Brasília-DF. E minha mãe ficou com a minha irmã em Cuiabá... Todos os anos, em julho, tempo de férias íamos visita-la e outras vezes, ela vinha ficar conosco...

Estar ao lado de mamãe, era como reabastecer-me em uma fonte segura, serena, tranquila, que ela me passava... Muitas vezes ficávamos sentadas, uma ao lado da outra, sem falar nada e era muito gratificante: como ficar à sombra de uma grande e frondosa árvore, usufruindo uma brisa suave...

Todas as vezes quando leio e medito o Evangelho de hoje, entendo a sábia decisão do filho que lembrando da misericórdia paterna, retorna à casa de seu pai e na atitude do irmão inconformado, percebo a falta de intimidade com este mesmo pai, que embora ali, vivendo com ele, não o conhecia realmente...

Acolhamos a Palavra que nos salva e experimentemos em nossas vidas, tão grande amor que o Pai tem por cada um de nós: 'Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximaram-se de Jesus para o escutar.Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”.
         
                                            


Então Jesus contou-lhes esta parábola: “Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada.

Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. O rapaz queira matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.

Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome’. Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’.

Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa.

O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’.

Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’.

Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado”’. Lucas 15,1-3.11-32.

Nosso Deus e Pai, além de amoroso, gracioso, é misericordioso e tal qual faz o o Pai,   ‘Jesus convida os pecadores à mesa do Reino: “Não vim chamar justos, mas pecadores” – Mc 2,17; 1 Tm 1,15. Convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mas mostrando-lhes, com palavras e atos, a misericórdia sem limites do Pai por eles – Lc 15,11-32 e a imensa “alegria no céu por um único pecador que se arrepende” – Lc 15,7. A prova suprema deste amor será o sacrifício da sua própria vida “ em remissão dos pecados” – Mt 26,28.’ CIC 545

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso, em Cristo Jesus, como é bela esta parábola ... Jesus nos exorta sobre a misericórdia do Pai, que acontece desde os primórdios da Criação... Dentre outros, Davi a exalta no Salmo 103,11.17, que como os céus distam da terra a misericórdia e a compaixão do Pai é grande para os que o temem, e nos promete que a justiça do Pai a nós dada, se estende também aos nossos filhos...Pai Amado, em Cristo Jesus, abra as nossas mentes para que vejamos a amplidão da vossa Misericórdia que nos acolhe, redime, dignifica como filhos amados do Senhor!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós Mãe e ‘pelos pais e mães que acolhem com misericórdia e alegria os filhos’ que retornam à casa paterna. Amém!


Brasília-DF.,27 de fevereiro de 2016
        Ana Miranda Bessa

                       

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