A Igreja do Senhor, celebra a memória do Martírio de São João Batista. João, o precursor do Messias, morre por ser fiel à sua missão e denunciar a injustiça dos poderosos. Ele é o amigo que exulta ao ouvir a voz do esposo e presta reverência a Jesus: “Agora minha alegria se completou; ele deve crescer e eu diminuir”. Liturgia
Se as nossas palavras manifestam o nosso coração - Mt 12,34, podemos perceber pela fala do outro - Eclo 27,6, seu estado emocional, seu jeito de ser, suas convicções, verdades e etc.
Nestes dias, assisti pela televisão o Procurador do Tribunal de Contas da União, Sr. Júlio Marcelo e o Professor de Direito Sr. Ricardo Lodi, ambos, atuando como 'Informantes' a favor e contra, respectivamente, o impeachment da Presidente Dilma.
A serenidade, convicção e a fala tranquila do Sr. Júlio Marcelo – até mesmo quando ofendido pela defesa da Sra. Presidente -, transmitia a certeza de sua tese fundamentada na Constituição Brasileira quanto a má gestão administrativa da Sra. Presidente ... Já o Professor Lodi convicto em suas colocações, apresentou sua tese com corpo ereto, voz postada e enfática, como a querer convencer a todos... A mim, não convenceu...
João Batista e Jesus Cristo, falavam com o coração, testemunhando a verdade eterna de Deus, e as pessoas que vivenciavam esta verdade, emanada daquilo que eles pregavam e realizavam segundo a vontade de Deus, os aceitaram... Outros não, de acordo com os seus interesses e convicções, e ambos, por anunciarem a verdade, foram mortos, assim como muitos o são até os nossos dias...
Acolhamos a Palavra de Salvação de Jesus, narrada por Marcos, e peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a entender e a praticar a vontade de Deus em nossas vidas, em testemunho da nossa fé:
'Naquele tempo, Herodes tinha mandado prender João, e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava.
Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu te darei”. E lhe jurou dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”.
Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir? ” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”.O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. ’ Marcos 6,17-29.
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, ajuda-nos Senhor para que a nossa boca anuncie a vossa justiça – Sl 70, a fim de que sejamos coerentes, proclamando a vossa verdade, com palavras, gestos e ações, em todas as circunstâncias de nossas vidas, amém!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e ajuda-nos Mãe, a sermos sinceros, fiéis, tranquilos e serenos naquilo que acreditamos e falamos, amém!
Brasília-DF., 29 de agosto de 2016
Ana Miranda Bessa
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