'“Deus é glorificado pelos humildes” afirma o Eclesiástico (Eclo 3,21), elogiando os humildes e convidando-nos a viver com humildade, pois o humilde “encontra graça diante do Senhor”. A humildade encontra-se também no centro da passagem do Evangelho hoje proclamado. A parábola do banquete se conclui com um convite à humildade e um alerta para os que escolhem os primeiros lugares: “quem se eleva, será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Lc 14,11). Para se entender bem esta afirmação e compreender o sentido da verdadeira humildade, é preciso olhar para o próprio Cristo que se apresentou como “manso e humilde de coração”. Dentre outras passagens, podemos destacar o gesto de Jesus que se abaixou para lavar os pés dos discípulos, comportando-se como “aquele que serve”, e o seu gesto supremo de doação da vida na cruz. A humildade não se reduz a um bonito sentimento, mas se expressa de modo concreto em atitudes como o desapego de si mesmo, o abaixar-se para servir e doar-se pelo próximo, sem vangloriar-se ou buscar vantagens. Esta atitude torna-se cada vez mais importante no mundo de hoje, pois é forte a tendência em querer ser mais do que os outros, menosprezando e humilhando o próximo. É preciso ser humilde para não humilhar. Quem se faz humilde, como Jesus, jamais humilhará os outros.
O Evangelho nos convida a vivenciar também a gratuidade. O convite para o banquete, dirigido àqueles que não têm como retribuir, é sinal da gratuidade a ser vivida, hoje, num mundo marcado pela lógica da recompensa imediata e pelo interesse próprio. É preciso amar e servir aqueles que não podem retribuir o bem que fazemos. Quem vive assim é feliz. (Lc 14,14), pois receberá a recompensa na ressurreição dos justos. Deus nos recompensará pelo bem que tivermos praticado, especialmente, por aquilo que não for recompensado neste mundo. Ao invés de cobrar dos outros o reconhecimento ou a retribuição, procuremos amar e servir de graça. A gratuidade, assim entendida, pressupõe a humildade.
Neste domingo do mês Vocacional, nos recordamos, com profunda gratidão, dos fiéis leigos atuantes nos diversos ministérios e serviços da comunidade, chamados a ser “sal da terra” e “luz do mundo”. A vocação dos cristãos leigos deve ser valorizada e promovida em toda a Igreja, a começar de cada paróquia. Ao mesmo tempo, comemoramos também o Dia do Catequista, agradecendo aos catequistas pela dedicação generosa em nossas comunidades. A todos, a gratidão, as orações e o fraterno apoio de nossas comunidades e famílias! '
PALAVRA DO PASTOR
GLORIFICADO PELOS HUMILDES!
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília - DF.
Em, 28 de agosto de 2016
Ana Miranda Bessa
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