Ainda tive a oportunidade de vivenciar e experienciar o cumprimento da palavra dada, inerente às pessoas que honram o compromisso verbal assumido e quando a parte beneficiada falha ao previamente combinado, pode causar constrangimento àquele que o benefício gerou...
A nossa responsabilidade quanto ao que sinceramente empreendemos é agradável a todos e em especial ao nosso Deus porque revela o nosso caráter e a nossa personalidade sóbria, sincera, sem máscaras...
Jesus, no Evangelho de hoje narrado por Mateus nos apresenta o patrão que combina com os trabalhadores para sua vinha um preço X e com os últimos não lhes diz quanto pagará, mas lhes pagará o que for justo e eles acreditaram, confiaram e por isso aceitaram, como nos diz a Palavra que nos trás a salvação:
'Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: “O Reino dos Céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia, e os mandou para a vinha. Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’.
E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde, e fez a mesma coisa. Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça, e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados? ’ Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’.Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’
Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, e pensavam que iam receber mais. Porém, cada um deles recebeu uma moeda de prata. Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’.Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. Mateus 20,1-16.
O patrão foi justo com os primeiros porque lhes pagou o combinado e pagou aos últimos, por generosidade e gratuidade o mesmo que àqueles, promovendo a igualdade entre todos! Assim é o amor de Deus: ultrapassa a lógica daquilo que efetivamente merecemos para nos dar, o que precisamos! Aqui está a chave do nosso entendimento: Deus nos criou para sermos bons e generosos, como Ele é bom e generoso para conosco!
Aprendi que na vida, não devemos ter inveja de ninguém, porque cada um é o que é pela graça de Deus – 1 Cor 15,10, e como nesta parábola, o patrão dispôs de seus dons e bens da forma que lhe foi conveniente, só nos cabe concordar, aceitar, porque a murmuração e a comparação do bem feito ao outro e não a mim, não é agradável a Deus!
Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso, em Cristo Jesus, ajuda-nos Pai a que na graça e na força do vosso Espírito Santo possamos ir mais além na generosidade e na solidariedade para com todos, promovendo a justiça e dando o direito aos mais necessitados.... Que o mar tranquilo em baixo se eleve para estarmos em paz, leves, navegando em águas tranquilas com o Senhor, porque o Senhor é o Senhor das nossas vidas, ajuda-nos Senhor, a fazermos a vossa vontade, amém! Graças, Pai!
Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e pelos ‘empresários, suscitando-lhes o compromisso com a dignidade dos trabalhadores’, amém!
Brasília-DF., 17 de agosto de 2016
Ana Miranda Bessa
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