'A antífona de entrada da missa do IV Domingo da Quaresma afirma: “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Sacia-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s). Por isso, este Domingo, na Liturgia, é denominado “domingo da alegria” ou “Laetare”, palavra latina correspondente ao início da antífona rezada: “Alegra-te!” O motivo dessa alegria encontra-se na Liturgia da Palavra, especialmente, no Evangelho.
Louvamos a Deus, com alegria, porque ele libertou o seu povo da escravidão, conforme nos recorda o livro de Josué. Nós nos alegramos porque, em Cristo, somos reconciliados com Deus e nos tornamos novas criaturas, segundo proclama São Paulo (2Cor 5,17-21). Nós exultamos de alegria porque Deus é Pai misericordioso, conforme nos ensina Jesus na parábola do Filho Pródigo (Lc 15).
Neste Ano Santo da Misericórdia, essa belíssima parábola deve receber especial atenção. Deve ser meditada, rezada e vivida por cada um de nós, por cada família e por cada comunidade. Tenha essa passagem do Evangelho em suas mãos e em seu coração. Neste “domingo da alegria” e durante a semana, procure fazer a leitura orante do capítulo 15 do Evangelho segundo S. Lucas, especialmente da parábola do Pai misericordioso. Somos convidados a voltar à casa do Pai, que nos acolhe com o coração e os braços abertos, alegrando-se conosco. Ao mesmo tempo, somos chamados a ser misericordiosos como o Pai, estendendo a mão a quem necessita levantar-se, perdoando e acolhendo o irmão necessitado de reconciliação e de vida nova.
Durante este Ano Jubilar, somos convidados a passar pela “porta santa”, a “porta da misericórdia”, que se encontra na Catedral de Brasília e no Santuário do Menino Jesus, em Brazlândia. Ao realizar esse gesto, em busca da misericórdia divina, seja também misericordioso, perdoando e promovendo a reconciliação, a começar de sua casa e do seu ambiente de trabalho. Sinta-se abraçado pelo Pai misericordioso, como o filho que retorna à casa, e estenda os seus braços para acolher o irmão que vive na condição do “filho pródigo”.
Contudo, somente quem faz a experiência da misericórdia do Pai, sentindo-se necessitado do perdão dele e dos irmãos, é capaz de ser misericordioso. A atitude amarga dos fariseus, representada pela recusa do filho mais velho da parábola jamais poderá trazer alegria. A verdadeira alegria que a Liturgia de hoje quer nos transmitir é fruto da misericórdia de Deus e da misericórdia vivida entre nós, isto é, da misericórdia divina acolhida e compartilhada na liturgia e na vida. '
A PALAVRA DO PASTOR MISERICORDIOSOS COMO O PAI!
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília – DF.
Em, 06 de março de 2016
Ana Miranda Bessa
Em, 06 de março de 2016
Ana Miranda Bessa
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