11.9.16

A OVELHA PERDIDA. A MOEDA PERDIDA. O FILHO PERDIDO E REENCONTRADO - LUCAS 15,1-32 : 'MISERICORDIOSOS COMO O PAI' - REFLEXÃO DO PASTOR







'Neste domingo do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, temos a graça de escutar as parábolas da misericórdia, narradas por S. Lucas. O belíssimo capítulo quinze do Evangelho segundo São Lucas narra as parábolas da misericórdia, postas em relevo pelo Papa Francisco na Misericordiae Vultus (O rosto da misericórdia). Para bem compreender o seu sentido, é importante considerar o que São Lucas declara logo no início: “os fariseus e os mestres da Lei criticavam Jesus” porque ele acolhia os pecadores e fazia refeição com eles. Em resposta, Jesus contou as parábolas da ovelha perdida, da mulher que encontra a moeda perdida e a célebre parábola conhecida como “filho pródigo”, mas que pode ser chamada parábola do “Pai misericordioso".


A mensagem pode ser resumida em três pontos. 1º) A misericórdia de Deus para com os pecadores, ressaltada por Jesus. Deus é o Pai misericordioso com o coração e os braços sempre abertos para acolher o filho que erra e quer retornar à casa. Deus é Pastor que não desiste de encontrar a ovelha perdida. 2º) A alegria de encontrar o que estava perdido enfatizada nas três parábolas. 3º) A recusa em admitir o perdão e se alegrar com a volta do irmão que erra. A parábola do Pai misericordioso nos faz pensar no modo como tratamos os irmãos que erram. A recusa do filho mais velho retrata bem a atitude dos fariseus, muito diferente do modo misericordioso de agir de Jesus.
                                            



Além disso, as parábolas da misericórdia nos convidam também a reconhecer a nossa condição de ovelhas perdidas ou de filhos pródigos, quando pecamos. Contudo, o mais importante é arrepender-se e dispor-se a recomeçar a vida, caminhando com confiança rumo à casa do Pai misericordioso, que vem ao nosso encontro com os braços abertos, alegrando-se conosco. Possamos fazer a experiência da misericórdia de Deus, ao rezar o Salmo 50, conforme o refrão proposto na liturgia da missa: “Vou agora levantar-me; volto à casa do meu pai”.

Conforme a segunda leitura, São Paulo louva a Deus testemunhando a misericórdia divina em sua vida e missão. No trecho proclamado da carta a Timóteo, ele afirma duas vezes: “encontrei misericórdia” (1Tm 1,13.16). Ao proclamar “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores”, ele humildemente se reconhece como “o primeiro deles”. Para ser misericordioso com os irmãos, é preciso fazer a experiência da misericórdia divina na própria vida. Na liturgia de hoje, também o Livro do Êxodo, narrado na primeira leitura, testemunha a misericórdia de Deus para com seu povo.

Nesta Eucaristia, acolhamos a misericórdia divina, para que possamos ser, no dia a dia, “misericordiosos como o Pai”! '

          PALAVRA DO PASTOR
         MISERICORDIOSOS COMO O PAI
                Dom Sergio da Rocha
              Arcebispo de Brasília - DF.

Em, 11 de setembro de 2016
Ana Miranda Bessa





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