'A liturgia da Palavra deste penúltimo Domingo do Tempo Comum nos motiva a olhar para o futuro, com esperança, mas vivendo o presente com responsabilidade e firmeza na fé. O profeta Malaquias anuncia o “Dia” do Senhor, o dia do julgamento, que será de condenação para “os soberbos e ímpios”, enquanto para os que temem o Senhor “nascerá o sol da justiça trazendo salvação em suas asas” (Ml 3,20). Trata-se de um forte apelo à esperança dirigido especialmente aos que duvidavam da justiça e do amor de Deus na história. O profeta mostra que Deus não abandonou o seu povo e irá estabelecer o seu reino de justiça.
Conforme S. Lucas, a preocupação dos discípulos era saber “quando” e “como” acontecerá esse Dia. Ao invés de satisfazer a curiosidade deles a respeito do futuro, Jesus mostra como proceder no presente. Ele alerta os seus discípulos para não serem enganados, não se deixando levar por rumores a respeito do fim (Lc 21,8). Ao invés de ficarem apavorados, devem confiar em Deus e permanecer firmes na fé. Diz o Senhor: “é permanecendo firmes que ireis ganhar a vida” (21,19). O tempo de grandes dificuldades, perseguição e morte, será ocasião para os discípulos testemunharem a fé, segundo as palavras de Jesus prometendo-lhes “dar palavras acertadas” para se defenderem (21,13).
Na comunidade dos tessalonicenses, a preocupação com a vinda do Senhor levou alguns a viverem de maneira errada. S. Paulo se refere a “alguns que vivem à toa, muito ocupados em não fazer nada” (2Ts 3,11). Para estarem bem preparados para o dia do julgamento, os tessalonicenses são exortados a trabalhar e a agir com responsabilidade. Ao invés do medo ou da acomodação, é necessário agir.
Diante da figura deste mundo que passa e do julgamento que virá, a Palavra de Deus nos ensina a agir com esperança e responsabilidade, a dar testemunho e a permanecer firmes na fé.
Neste domingo, ocorre o encerramento do Ano Santo Extraordinário nas dioceses, conforme estabelecido pelo Papa Francisco. No próximo domingo, o encerramento acontecerá na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Esperamos oferecer a Deus, nas missas deste domingo, as obras de misericórdia que estão sendo realizadas, ou que serão ainda assumidas pessoalmente, comunitariamente, ou em família, como fruto do Ano Jubilar, como sinal de vivência da misericórdia. Esperamos, com a graça de Deus, ser cada vez mais “misericordiosos como o Pai” e formar comunidades que testemunhem a misericórdia.'
PALAVRA DO PASTOR
FIRMES NA FÉ
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília - DF.
Em, 13 de novembro de 2016
*1945, Ana Miranda Bessa
Graças, Senhor!
Graças, Senhor!
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