22.10.18

LUCAS 12,13-21 - NÃO ENTESOURAR : REFLEXÃO DE ANINHA





No sítio fui concebida pelos meus pais e ali também fui gerada; no sítio minha mãe me trouxe à luz pelas mãos de uma Parteira, a Tia Teodora de Cáceres-MT. Desde criança, comi e apreciei as frutas caseiras dos quintais, como cajus, mangas, tarumãs, bocaiuvas, romã, goiabas, tamarindo, limas da Pérsia, limas de umbigo – que não vejo mais; canas caianas, jabuticabas, abacates, laranjas, mamões e etc., apanhadas do pé – assim dizíamos na infância, ou seja, das árvores-frutíferas ...

Desde a década de oitenta moramos no Lago, bairro aqui em Brasília-DF., constituído de casas com quintais e assim, posso continuar a vivenciar a minha infância...

Meu marido e eu, sempre caminhávamos antes de irmos para o trabalho, mas atualmente, por recomendação médica, estamos frequentando uma Academia próxima de casa onde além da caminhada, fazemos musculação...

Na academia, chamou-nos a atenção, ver algumas pessoas, disponibilizarem ora limões, goiabas, bananinhas e etc., de seus quintais, em cestos, sobre uma mesa, para quem quiser... Este belo gesto, fez-me meditar na Palavra de Jesus hoje, quanto à partilha e à solidariedade ...

'Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. E contou-lhes uma parábola:
                                               


“A terra de um homem rico deu uma grande colheita. Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”.' Lucas 12,13-21.

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, graças Pai porque Jesus nos ensina e nos adverte ‘contra as armadilhas da ganância e da arrogância para que estejamos sensíveis à situação dos mais necessitados’. Diz-nos Dom Walmor de Azevedo, que 'a ganância é de fato um veneno que corrói, corrói vidas, destrói dinâmicas de solidariedade, impede a verdadeira solidariedade a ser vivida entre nós e cria a indiferença, sobretudo a indiferença para com os mais pobres...'! Graças, Pai! Glórias e louvores a vós, Senhor!

Pai Amado, na força de vosso Espírito Santo infunde em nós ‘o espírito da partilha, da solidariedade’. Ilumina-nos ó Pai para compreender que o bem que fazemos é um ato espontâneo do coração – At 2,37s, não de sequestros, invasões de propriedades, imposições ou violências ditatoriais, que não são agradáveis ao Senhor! Amém!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e caminha conosco Mãe, ‘guiando a nossa vida para o bom e correto uso dos bens, fazendo-nos sempre solícitos com os pobres’, os vulneráveis, os pequeninos de Jesus! Amém!

Brasília-DF., 22 de outubro de 2018
           Ana Miranda Bessa

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