'Nos domingos do Tempo Comum, a cada ano, a Igreja proclama um dos Evangelhos sinóticos ( Mateus, Marcos e Lucas). Neste ano, temos a oportunidade de ler e meditar o Evangelho segundo São Lucas. Por isso, inicia-se, hoje, a leitura do seu primeiro capítulo e, em seguida, passa-se ao quarto capítulo, uma vez que os textos que estão entre eles são proclamados nos tempos do Advento e Natal.
Logo no inicio de sua obra, S. Lucas declara que para “ escrever a história dos acontecimentos” (Lc 1,1) fez um “estudo cuidadoso” , considerando o que foi transmitido pelas “testemunhas oculares e ministros da palavra”. Ele mesmo não foi “testemunha ocular”, tendo sido companheiro de S. Paulo. O destinatário da sua narrativa possui um nome grego muito significativo, “Teófilo”, isto é, “amigo de Deus”, o que cada um de nós deveria ser. A finalidade declarada é de grande atualidade: “verificar a solidez dos ensinamentos recebidos”( Lc 1,4) para permanecer na fidelidade a Cristo. Nas comunidades cristãs começavam a surgir ideias que não eram condizentes com o ensinamento dos apóstolos.
A segunda parte do texto proclamado relata o inicio da vida pública de Jesus, em Nazaré. Jesus é apresentado como aquele que vem realizar plenamente as profecias, retomando, na sinagoga, a célebre passagem de Isaías que descreve a missão do Messias. Ungido pelo Espirito, ele vem para anunciar a boa nova aos pobres e sofredores, a liberdade aos oprimidos, a vista aos cegos e o ano da graça para todos. Ao longo do Evangelho, Lucas nos mostra como foi que Jesus realizou esta missão, ressaltando o seu rosto misericordioso. Assim fazendo, ele desperta e anima a fé em Cristo e a confiança na misericórdia divina, naquele tempo e em nossos dias. “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”, afirma Jesus (Lc 4,21). Este “hoje” é permanente, pois a missão de Cristo continua através da Igreja. Por isso, neste Ano Santo, nós vivemos mais intensamente o tempo da graça e da misericórdia proclamado e realizado por Jesus.
Os discípulos de Cristo são chamados a viver em comunidade, comparada por S. Paulo ao corpo humano (II Leitura). A igreja denominada “corpo de Cristo” (1 Cor 12,27). Nela, é preciso valorizar a diversidade dos membros do corpo e viver na unidade. Na comunidade, a Palavra de Deus deve ter lugar especial, conforme nos recorda o livro de Neemias (I Leitura). A palavra, proclamada e acolhida pelo povo reunido em assembleia, torna-se motivo de louvor e de grande alegria. Hoje, na assembleia litúrgica, nós também bendizemos a Deus, rezando, com o salmista: “Vossas palavras, Senhor, são espirito e vida” (Sl 19).'
A PALAVRA DO PASTOR
A MISSÃO DE JESUS
Os discípulos de Cristo são chamados a viver em comunidade, comparada por S. Paulo ao corpo humano (II Leitura). A igreja denominada “corpo de Cristo” (1 Cor 12,27). Nela, é preciso valorizar a diversidade dos membros do corpo e viver na unidade. Na comunidade, a Palavra de Deus deve ter lugar especial, conforme nos recorda o livro de Neemias (I Leitura). A palavra, proclamada e acolhida pelo povo reunido em assembleia, torna-se motivo de louvor e de grande alegria. Hoje, na assembleia litúrgica, nós também bendizemos a Deus, rezando, com o salmista: “Vossas palavras, Senhor, são espirito e vida” (Sl 19).'
A PALAVRA DO PASTOR
A MISSÃO DE JESUS
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília-DF.
Em, 24 de janeiro de 2016
Ana Miranda Bessa
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