NÃO COMETER HOMICÍDIO - MATEUS 5,20-26 - REFLEXÃO DIÁRIA

A Igreja do Senhor faz memória de São José de Anchieta – Presbítero e Apóstolo do Brasil. José – Espanha, 1534-1597, religioso jesuíta, veio ao Brasil em 1553 como missionário. Grande amigo e defensor dos índios, procurou compreender a mentalidade e os costumes deles. Por sua dedicação ao povo nativo, é chamado “apóstolo do Brasil”. Liturgia

Como São José de Anchieta, compreendeu a mentalidade e os costumes dos índios e se fez uno com eles, nós também, podemos compreender, graças às Escrituras inspiradas, à nossa origem cristã – familiar, aos testemunhos das bênçãos que Nosso Deus e Pai concede às pessoas que convivemos ou conhecemos, que devemos abrir nossa mente e o nosso coração ao Amor do Pai em Cristo Jesus e, como só amamos o que conhecemos, é necessário aprofundarmo-nos no conhecimento desse Amor, quando então nos tornaremos unos nesse amor uns com os outros!

O tornar-se uno com o irmão, é um liame de amor que não nos descaracteriza, nem nos diminui, ao contrário, nos complementa, porque ao acolher o irmão, o respeitamos, admiramos e contribuímos, compartilhando-nos mútua e harmoniosamente com as suas ações ... E, a Santíssima Trindade para mim, é o exemplo a seguir como o faz a Igreja de Cristo: Unidade na diversidade de raça, de ritos, mas que tem como centro da nossa fé: Ele, Jesus Cristo, nosso Salvador!

É um modo de viver que Nosso Deus e Pai em Jesus Cristo Nosso Senhor sob a ação do Espírito Santo quer e deseja implementar em cada um de nós, sem o qual, passaremos pelo crivo da Justiça Divina, como nos narra Mateus no Evangelho de hoje:

'Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: “Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus. Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal’.

Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno.

                                                      

Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.

Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.' Mateus 5,20-26.

A recíproca da nossa unidade para com o irmão, está também na Oração do Pai Nosso, como nos diz a Igreja do Senhor: ‘ Enfim, se rezamos verdadeiramente ao “Nosso Pai” saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos liberta-nos do individualismo. O “nosso” do início da Oração do Senhor, como o “nós” dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém. Para que seja dito em verdade – Mt 5, 23-24; 6,14-16, nossas divisões e oposições devem ser superadas.’ CIC 2792.

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, ajuda-nos Senhor a que amemos os nossos irmãos, como o Senhor nos ama, para sermos unos com eles!

 Pai Misericordioso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza nas veredas do vosso amor, justiça e paz! Arrependemo-nos Pai dos nossos pecados em especial dos nossos sentimentos, gestos e ações de intolerância e desrespeito que tivemos para com os irmãos que conhecemos e convivemos, reconciliando-nos com eles! Pai Santo, ‘nós vos entregamos todos os nossos relacionamentos feridos e ajuda-nos Pai a nos reconciliarmos com todos eles.

 Ajuda-nos Pai a encontrarmos nas vossas veredas, o caminho do perdão e da liberdade. Curai os ferimentos que causamos e que recebemos!’ Sois nosso Pai, Nosso Deus e Senhor e derramas copiosas chuvas de misericórdia sobre nós! Ajuda-nos Pai, a sermos, fraternos, generosos, solidários, mansos e humildes e misericordiosos, para com todas as pessoas, indistintamente, aonde quer que nós estejamos, para que a nossa justiça seja grandiosa e vos agrade ó Pai, e assim, o Senhor nos acolha em vosso Reino, amém! Graças Pai, glórias e louvores a vós, Senhor!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e ajuda-nos Mãe para que como São José de Anchieta ‘sejamos amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.’ Amém!

São José de Anchieta, rogai a Deus por nós!

Brasília-DF., 09 de junho de 2016
          Ana Miranda Bessa