30.6.16

O PARALÍTICO - MATEUS 9,1-8 - REFLEXÃO DIÁRIA








Quando no final da década de setenta chegamos em Brasília, falava-se que as pessoas que se achavam importantes, quando contestadas por algo errado que faziam, tinham o hábito de se defender para não admitir seus erros, dizendo: ‘sabe com quem está falando?’. E eu pude constatar este fato, no estacionamento da Escola Infantil de nossa filha...

A passagem do evangelho de hoje me fez lembrar este fato, por assemelhar -se com os mestres da lei, que tinham a convicção de que conheciam as escrituras, mas como os obscurantistas de então, não compreenderam e não enxergaram além ...  Não entenderam o bem maior que pela fé do paralítico, Jesus por vontade de Nosso Deus e  Pai,  estava realizando: a integralidade da alma com o perdão dos pecados e a cura do corpo,  e o trataram com hostilidade, conforme a narrativa de Mateus:

'Naquele tempo, entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”

Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?
            

                         


Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.' Mateus 9,1-8.

Meditando sobre o comportamento extemporâneo dos mestres da lei, em não reconhecer o Messias, o Senhor da Vida,  lembrei-me também da história de Neide. Raquel e Neide e mais três outras amigas meditavam a Palavra de Deus e rezavam o Terço toda segunda-feira pela manhã, alternando as casas, convencionaram –se que tão somente a Palavra de Deus e o Terço, seriam oferecidos...

Neide, fascinada pelo testemunho de Raquel que liderava o grupo porque tinha mais conhecimento bíblico, comprou uma Bíblia igual da Raquel, passou a ir à missa diária, mas encontrava em sua casa, um certo ceticismo em relação a sua fé: ela comentava as contestações de seus familiares e  trazia suas dúvidas para o grupo... Um dia, ela disse que a Bíblia foi escrita por homens ... O grupo concordou e acrescentou: sim, pelos escribas, profetas, sob a inspiração do ‘Espírito Santo, amor que procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas, diz-nos a Igreja do Senhor, no Símbolo Niceno-Constantinopolitano. Jesus reconhecia os Profetas como mensageiros do Pai – Am 7,10-17; Mt 22,34. Lembraram também à Neide, a promessa de Jesus feita aos seus Apóstolos sobre o envio do Espírito Santo para recordar-lhes todas as coisas - Lc 24,49; Jo 14,26  e assim aconteceu – Atos 1.2. Neide acreditou e se mantem fiel ao Senhor, graças a Deus!

Pai Santo, Deus Eterno e Todo Poderoso em Cristo Jesus, perdoai os nossos pecados e curai as nossas enfermidades ! Pai amado, ‘que te agradem as palavras de nossa boca e o meditar do nosso coração, sem trevas, em vossa presença, nosso Deus, nosso rochedo, redentor nosso! – Sl 19,15. Pai Santo, graças Senhor pela vossa Lei, pelos Profetas e pelos Apóstolos, que inspirados pelo vosso Espírito Santo nos comunicam a vossa Palavra ! Sim Pai, Deus de Amor, como estás em nosso coração e o nosso coração pulsa no vosso ritmo e harmonia, esteja assim também a nossa mente na vossa mente, para que as nossas palavras sejam como as vossas palavras ‘mais doces do que o mel...’, ó Deus de Amor! Graças Pai, glórias e louvores a vós, Senhor!

Santa Maria, Mãe de Jesus e nossa, rogai a Deus por nós e ajuda-nos Mãe ‘a sermos mais sensíveis e atentos às obras de misericórdia em favor dos irmãos e irmãs’, como o é Jesus, para conosco, amém!

Brasília-DF., 30 de junho de 2016
        Ana Miranda Bessa


                     



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